O governador eleito dividiu com a população a responsabilidade pela
segurança de todos ao declarar que “quando a sociedade não consegue
resolver um problema, ela torna aquele problema um problema
policial”.
Na coletiva de imprensa realizada ontem no Comando Geral da
Polícia Militar para tratar sobre a situação de insegurança na capital
depois da sangrenta madrugada de 5 de novembro cujo estopim foi o
assassinato de um policial militar ligado à Ronda Ostensiva Tática
Metropolitana no bairro da Terra Firme, o governador reeleito Simão
Jatene falou muito mas disse pouco. Desconversou sobre a renovação da
cúpula à frente da Segurança Pública - depois de ele mesmo ter
anunciado, no início da semana, que realizaria mudanças significativas
na estrutura de poder para o novo mandato -, reafirmou o óbvio ao dizer
que as investigações para dar conta de como ocorreram outros dez
homicídios, possivelmente correlatos ao primeiro, registrados naquela
noite, estão em andamento, não anunciou ações emergenciais para impedir
um novo episódio como esse, confirmou não ver sentido do uso da Força
Nacional nesse momento e dividiu com a população a responsabilidade pela
segurança de todos ao declarar que “quando a sociedade não consegue
resolver um problema, ela torna aquele problema um problema policial”.