O diretor-presidente da Camargo Corrêa, Dalton dos Santos Avancini, vai
revelar esquema de pagamento de propina na construção da usina hidrelétrica de
Belo Monte, no Pará, uma obra de aproximadamente R$ 19 bilhões. O compromisso
de apontar desvios em Belo Monte consta do acordo de delação premiada firmado
pelo exec
utivo e dois procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato, na
madrugada de sábado, em Curitiba. A série de depoimentos da delação premiada de
Avancini deve começar nesta terça-feira.
Nas negociações com a força-tarefa, Avancini se comprometeu também a indicar
os nomes de pelo menos duas pessoas que teriam recebido propina. As revelações
do executivo podem ter forte impacto nos desdobramentos da Operação Lava Jato
que, até o momento, tem se concentrado em fraudes na Petrobras.