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quinta-feira, 2 de julho de 2015

Reginaldo Campos: “A Câmara de Santarém não é Submissa ao governo de Alexandre Von”



“O poder legislativo é um poder independente, porém harmônico com os demais Poderes, ou seja, dialoga também com o Poder municipal, o que não significa que a Câmara municipal é submissa, adotamos uma postura de independência”.
Vereador Reginaldo Campos(PSB).
O perfil do vereador e atual presidente da Câmara de Santarém, Reginaldo Campos, (PSB), revela um homem voltado para a divulgação do evangelho, e que tem seus ideias voltados à família, aos amigos e para o povo que o elegeu. 
Em seu quarto mandato, ele conta com o respaldo de sua maturidade política.
Nascido na cidade de Macapá, estado do Amapá, e criado no município de Monte Alegre, no Oeste do Pará, de onde se mudou para Santarém, aos 18 anos, para servir ao Exército Brasileiro, em seguida engajar na briosa Polícia Militar, de onde foi licenciado para iniciar sua vida pública.
Reginaldo Campos cultiva a política que possui no sangue desde sua primeira filiação, no PTB, de onde começou a regar a semente de sua liderança, consolidada depois que mudou e está por três legislaturas, no Partido Socialista Brasileiro(PSB).
Candidato a deputado estadual por duas vezes, apesar de muita luta e empenho, ainda não chegou a uma cadeira no parlamento paraense, mesmo contando com expressiva votação. Mas ele assegura que continua na luta, sem esmorecer.
Cenário político - Sua opinião é que, é muito complexo, mas analisa que “temos muitos políticos e grupos ligados à política a muito tempo, e que quando estiveram no poder mostraram serviço em favor da população” argumentou o parlamentar.
Seguindo em sua análise, Reginaldo Campos, cita os integrantes de diversas facções e grupos políticos partidários que figuram no cenário político de Santarém; “temos o Partido dos Trabalhadores, PT; que possui a ex-prefeita Maria do Carmo, entre outros. Também o ex-deputado federal Joaquim de Lira Maia, do Democratas. Tem o grupo do PSDB, liderado pelo prefeito Alexandre Von. Pelo PMDB, temos o ex-deputado Antônio Rocha, também incluo o PSB, partido do qual tenho a honra em ser presidente, e um grupo que está surgindo, através do PROS, com o empresário Paulo Barrudada como pretenso candidato à prefeitura de Santarém, O PSOL com o professor Márcio Pinto e o PSC, de Rubson Santana”.
Voto Biométrico- “Estávamos na expectativa de um segundo turno nas eleições 2016, porém com a adoção do voto biométrico, dificilmente isso acontecerá em Santarém”. Com essa análise, Reginaldo Campos aposta que as eleições do próximo ano não terão qualquer alteração. “Apesar do número de candidatos”. Quanto a seu partido, PSB, Reginaldo Campos não revela maiores detalhes, se ele indica um nome ou sai candidato, “estamos nos posicionando para fortalecer nossa sigla”.
Independência- “O poder legislativo é um poder independente, porém harmônico com os demais Poderes, ou seja, dialoga também com o Poder municipal, o que não significa que a Câmara municipal é submissa, adotamos uma postura de independência”, declarou o vereador.

Reginaldo Campos assumiu ao jornalista Hiromar Cardoso, que foi eleito presidente da Câmara Municipal com apoio do prefeito Alexandre Von, “se não tivesse tido esse apoio, eu não teria sido eleito”, reconheceu. Tudo isso faz parte de um projeto político. “eu também ajudei na eleição dele”, disse. “E tive seu apoio quando me candidatei a presidente, mas no momento em que fui eleito, eu tenho que me impor por que esse poder é independente”, explicou.
“Sou grato ao prefeito Alexandre Von por ter me ajudado a ser presidente, me apoiar, e hoje sou mais grato a ele por que ele respeita a independência do poder legislativo”, falou.
Afastando qualquer boato de uma possível rivalidade política entre seu grupo e o do prefeito Alexandre Von, o vereador é direto; “na minha opinião, ele tem procurado fazer uma gestão com eficiência, buscando pessoas com qualidades; fazendo com que os recursos possam render com maior aplicação”.
Conforme Reginaldo Campos, “no entanto existe muita dificuldade em conseguir recursos federais e estaduais para investir no município, uma vez que o País vem enfrentando uma crise que se arrasta por alguns anos e que se agravou”. Infelizmente o que começou como numa crise sem maiores consequências, acabou atingindo patamares alarmantes, o que é prejudicial, “Quem sofre com isso são os municípios”, disse Reginaldo, “a gente percebe que existe uma dificuldade, mas em caso local, a gestão aumentou a arrecadação, isso em função de uma eficiência administrativa; então a gestão local fez com que o município viesse a aumentar sua arrecadação”, segundo o vereador e pastor, “o município de Santarém tem que estar sempre empenhado em mostrar na prática essa eficiência fiscal, não ficar apenas esperando recursos do Estado ou vindo do governo federal”. Por não sermos ainda autossuficientes, existem na opinião do vereador dificuldades em fazer investimentos na infraestrutura da cidade.
Mostrando que é parceiro da administração municipal, o presidente do legislativo municipal argumentou que a Câmara de vereadores recentemente aprovou a capitalização de recursos no valor de 22 milhões de reais, junto a Caixa Econômica Federal para que sejam investidos na melhoria da infraestrutura do município. O empréstimo contraído para ser pago a longo prazo, é pouco, conforme esclarece Reginaldo Campos; “Santarém precisa no mínimo de 400 milhões para ser investidos”, ressaltou o vereador presidente.
Visão Partidária- Um olhar para o passado e uma rápida visão do futuro, mostram que PSB deu um passo em Santarém, hoje com dois vereadores, e a presidência da Câmara municipal. “Temos boas lideranças dentro do partido e estamos trabalhando para arregimentar cada vez mais pessoas que estejam comprometidas em querer o desenvolvimento de Santarém”, analisou o pastor e vereador. “Juntos a gente possa construir uma sociedade mais justa e fraterna dentro da sigla partidária. Discutir os problemas da cidade, o desenvolvimento que queremos; é dentro de um partido que vamos colocar esta movimentação apesar de todo o desgaste que passa a política nacional”, definiu Reginaldo Campos.
Praça da Bíblia- Uma situação controversa, que serviu em muitos anos para desgastar a imagem do vereador e presidente da Câmara junto a seus opositores, foi um dos assuntos abordados no encontro entre o político e pastor e o jornalista Hiromar Cardoso: “Eu sempre digo que desde que entrei na vida pública estou preparado para as calúnias que me fazem”, destacou Reginaldo Campos.” No caso da Praça da Bíblia, eu fiz o meu papel que foi lutar para buscar recursos que o município não tinha para construir”, falou o vereador;” Lutei junto ao deputado Zequinha Marinho, que se sensibilizou com o meu pedido e ainda no ano de 2009/2010 fez duas Emendas para o município de Santarém, uma no valor de Um Milhão e quinhentos e outra de Um Milhão de Reais”, explicou ele. “O que acontece é que quando foi feita a licitação, ainda no último governo da prefeita Maria do Carmo; a empresa que ganhou a Licitação, era uma empresa de porte pequeno, Arte em Pedra. Essa empresa não tem estrutura para tocar a Obra com recursos próprios”. Inúmeras reuniões do vereador com dirigentes dessa empresa, infelizmente não deram resultados até hoje, e as obras estão paradas. “Eu não tenho condições de influenciar na execução dessa Obra, mesmo sendo vereador, a não ser através de requerimentos e cobranças na Tribuna da Câmara, só isso”, disse ele.
Uma Outra empresa ganhou nova licitação para concluir a segunda etapa da Obra, “espero que não aconteça o mesmo que a Arte em Pedra. Quanto a boatos de que houve desvio de recursos, “falam, mas não conseguem provar nada”, desabafa Reginaldo. “Infelizmente existem pessoas desonestas que se aproveitam de determinada situação somente para tentar de todas as formas denegrir as pessoas que estão na vida pública”, explicou o pastor e vereador.
Congresso da Paz- Reginaldo Campos esclareceu o desgaste que ele e seus companheiros da Igreja da Paz sofreram com a retirada do gramado do Estádio municipal de Santarém, as vésperas do Congresso da Paz, evento que acontece naquele local a mais de uma década; “Chegaram ao extremo em dizer que eu era contra os clubes de futebol, quando na verdade eu  luto pelo esporte santareno mais forte, tanto que vou ao Estádio sempre que posso, torcer pelo Tapajós, assim como torço pelo São Raimundo e São Francisco, visto a camisa, prestigio”, explicou ele.
“O que aconteceu é que a prefeitura, sem dialogar com a coordenação do Congresso da Paz, que há 20 anos realiza o evento tomou a decisão de retirar o gramado no período em que seria realizado o Congresso”, explicou Reginaldo. “Por que não tiveram a humildade em informar a direção do Congresso que o gramado seria retirado?” indaga indignado. “Fiz um ofício a SEEL, Secretaria de Esportes e Lazer solicitando que encontrassem uma solução para que nem a Igreja da Paz, na coordenação do Congresso, nem os clubes fossem prejudicados. O que eles poderiam ter feito, pois iriam retirar o gramado, que colocassem outro tipo de material, ou então manter o gramado e retira-lo depois do Encontro evangélico”, o vereador mostra que mais uma vez pode estar sendo vítima de má fé por parte de alguns assessores do prefeito; “isso é obra de pessoas que querem impor sua vontade a qualquer custo, mas não é assim que funciona, tem que ter diálogo”, finalizou o parlamentar municipal.