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quarta-feira, 4 de novembro de 2015
Prefeito acusado de ser mandante de chacina vai a juri
Servidores foram mortos durante investigação de trabalho escravo em 2004. Norberto Mânica, irmão do réu, foi condenado a 100 anos pelo crime.
Acusado de ser um dos mandantes da chacina de Unaí, o fazendeiro Antério Mânica vai a júri popular, nesta quarta-feira (4), em Belo Horizonte.
A previsão é que o julgamento, presidido pelo juiz Murilo Fernandes de
Almeida, comece ainda pela manhã, na Justiça Federal. Ex-prefeito de Unaí,
o produtor rural exerceu dois mandatos à frente do Executivo do
município do Noroeste de Minas Gerais. Segundo o Ministério Público
Federal (MPF), ele responde pelo crime de homicídio doloso qualificado.
Em 28 de janeiro de 2004, os auditores fiscais Nelson José da Silva,
João Batista Lages e Eratóstenes de Almeida Gonçalves e o motorista
Ailton Pereira de Oliveira morreram em uma emboscada. O ex-prefeito e o
irmão Norberto Mânica teriam encomendado o crime, devido ao rigor das
fiscalizações trabalhistas feitas por Nelson José da Silva. No mesmo
ano, Mânica foi eleito pela primeira vez prefeito da cidade.