A partir do capítulo 7 de S. Mateus, que hoje começamos a ver, o
discurso da montanha parece tomar uma nova profundidade, orientado mais
em particular para os discípulos, isto é, para os membros da comunidade
cristã de Mateus e de todos os tempos.
O contraste exagerado
entre o cisco no olho alheio e a trave no próprio pode refletir um
provérbio popular de então, a rápida observação das faltas dos outros,
em contraste com a tolerância das faltas do próprio caráter, é tema
comum em todos os povos e línguas. E por isso, os homens ao longo dos
tempos foram compondo provérbios que iluminam claramente as suas
culturas e tradições.