A sinalização do Gorverno do Estado
sobre uma possível privatização da Companhia de Saneamento do Pará
(Cosanpa), além dos servidores que temem a demissão em massa, virou
motivo de preocupação também para estudiosos e ambientalistas, que veem
no repasse da estatal para iniciativa privada, uma forma de venda do
Aquífero Alter do Chão, para grandes corporações, inclusive com a
possibilidade de internacionalização, como aconteceu com a exploração do
pré-sal.
Antônio Carlos Tancredi, professor e pesquisador que trabalhou para
importantes instituições científicas brasileiras, como por exemplo,
Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social do Pará (Idesp) e
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), possui doutorado em
Geologia e Geoquímica (Hidrogeologia) pela Universidade Federal do Pará.
Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em estudos
hidrogeológicos regionais na ilha de Marajó e em pesquisas
hidrogeológicas detalhadas para água mineral na região metropolitana de
Belém, Marabá e Santarém (PA), Macapá (AP), São Luís (MA) e Manaus (AM).
Apesar de hoje estar aposentado, ele
continua trabalhando com serviços de consultorias específicas, sendo um
dos especialistas brasileiros mais influentes nos estudos e pesquisas
sobre água doce. Para ele, antes de qualquer ação do homem que possa
intervir drasticamente no Aquífero Alter do Chão, que ele afirma ser “o
aquífero mais importante do mundo”, o estudioso orienta que tudo seja
realizado com o devido planejamento.