Márcio foi preso após 17 anos |
Na última quinta-feira, 25, mais de 17 anos após sua morte, o assassino foi recapturado em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul. O artista plástico Márcio Fonseca Scherer, 49 anos, foi condenado a 22 anos de prisão e estava foragido desde 2003, quando teve a pena confirmada em segunda instância pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
No ano passado, apolícia gaúcha iniciou uma verdadeira caçada pelo paradeiro de Scherer, depois que um denunciante o reconheceu andando de bicicleta na região central de São Leopoldo.
"Ele o conhecia da infância e sabia da história do crime nos EUA. Então nos forneceu o nome do preso. Com essas informações, montamos a operação. Várias diligências foram feitas até que descobrimos a casa onde vivia. Fizemos campana o dia inteiro até que no final da tarde o vimos na área desta casa", explica o delegado Ivair Matos Santos, titular da 2ª DP de Novo Hamburgo.
O acusado ainda tentou fugir pelos fundos do imóvel em que estaria residindo, mas logo foi capturado. Nos últimos cinco meses, a polícia esbarrou em inúmeras dificuldade até localizá-lo. O gaúcho não possuía imóveis e nem veículo em seu nome e sequer emitia segunda via de documentos. A foto de Scherer no sistema integrado da polícia gaúcha ainda é a mesma de quando era adolescente.
Com os policias, constava apenas a informação de que ele estava na faixa etária dos 50 anos, era um homem alto, loiro e de olho claro. Ele não possuía perfis nas redes sociais e sequer aparecia em fotos de familiares. Mas, a polícia decidiu procurar endereços de parentes até que os agentes encontraram a localização exata do foragido.
Faltando dois anos para o mandado de prisão expirar e a pena ser prescrita, Scherer foi localizado e permanece detido na DPPA de Novo Hamburgo aguardando vaga no sistema prisional. O acusado será levado para penitenciárias de Sapucaia do Sul ou Canoas, na Região Metropolitana. Após cumprir um sexto da pena, ele poderá solicitar progressão para o regime semiaberto.
João Saboia foi roubado e morto brutalmente em suíte de hotel de luxo em Nova York, nos Estados Unidos, no ano de 1999 (Reprodução / Arquivo familiar) |
Vida no Rio e o crime no Exterior
Scherer morou oito anos no Rio de Janeiro, por volta da década de 1990.