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sexta-feira, 2 de julho de 2010

Cemitério de ossos


Mulher descobre local de desova de milícia

 

Uma mulher, que a polícia identifica como X., investigou e descobriu a localização de um cemitério clandestino usado por milicianos para desovar corpos de traficantes, no Morro Cosme e Damião, em Realengo.
X. conseguiu chegar ao cemitério depois que começou a investigar o desaparecimento de seu sobrinho, que era um dos chefes do tráfico da Mangueira. Ela própria morou por anos no morro, até que se casou com um alemão e se mudou para a terra natal do marido.
Segundo o que X. apurou, os milicianos costumam sequestrar traficantes ou parentes de traficantes e depois exigem resgates, que chegam, em média, a R$ 300 mil.
- É o que eles (milicianos) chamam de credi-crime. As pessoas acham que porque são traficantes podem ser mortos, mas precisam entender que esse tipo de ação só aumenta o índice de criminalidade, porque se eles (os traficantes) não pagarem, morrem. As pessoas não veem que eles estão traficando para bancar a polícia do Estado brasileiro - desabafou X.

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