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quarta-feira, 16 de maio de 2012

10 municípios do Pará em estado de emergência 

 "Somente Alenquer, Óbidos e Porto de Moz estão com seus decretos homologados pela Defesa Civil Nacional"



10 municípios do Pará em estado de emergência  (Foto: Reprodução / Diário do Pará) Segundo a Defesa Civil Estadual, dez municípios da região oeste do Pará já decretaram situação de emergência, mas somente Alenquer, Óbidos e Porto de Moz estão com seus decretos homologados pela Defesa Civil Nacional. Na região, já são 115.136 pessoas afetadas pela enchente e só em Santarém são 20.377. De acordo com o subtenente Wanderley, do Corpo de Bombeiros, na manhã desta terça-feira o nível dos rios Tapajós e Amazonas na frente de Santarém marcou 8,02, registrando assim uma baixa de dois centímetros em relação ao ponto máximo que já chegou este ano. Ele informou ainda que a Defesa Civil Estadual tem madeira doada pelo Ibama e que será repassado para os municípios que já tiveram seus decretos reconhecidos. O primeiro contemplado foi Alenquer, onde a madeira já foi entregue à prefeitura. Outras ajudas, como cestas básicas, não estão sendo entregues porque ainda não chegaram até a Regional de Santarém. Ele informou ainda que Santarém foi um dos últimos municípios a decretar situação de emergência e toda a documentação já seguiu para Brasília, onde está sendo analisada, mas até o momento não há posição sobre o reconhecimento da emergência. Ele acredita que, como o ministro da Integração Nacional esteve em Santarém e pode ver de perto a situação, isso será rápido.
Vítimas da enchente dos rios Tapajós e Amazonas reclamam a falta de ajuda humanitária por parte da Defesa Civil. Várias residências estão sendo tomadas pela água, deixando inúmeras famílias desabrigadas e outras em situação de risco, tanto na região ribeirinha quanto em alguns bairros na zona urbana de Santarém, como Mapiri, Caranazal, Uruará, Pérola do Maicá e Urumanduba. No bairro do Caranazal, já nas proximidades do lago do Mapiri, dezenas de famílias sofrem com a enchente. Várias residências estão alagadas e os moradores reclamam do abandono por parte do poder público, que não tem prestado o apoio necessário a essas famílias. Segundo a senhora Deuzuita da Silva Sousa, 64, que reside na Alameda 03 de Junho, ela está usando seus poucos recursos para comprar madeira para suspender o assoalho da casa, uma vez que a água já cobriu o piso. A moradora afirma ter recebido ajuda de vizinhos na construção de pontes, porque até o momento não recebeu ajuda nenhuma do governo. Vizinhas à dona Deuzuita, dezenas de outras casas também estão afetadas pelas águas. 
No bairro do Mapiri, a situação não é diferente. Várias famílias tiveram que abandonar as casas devido à cheia e outras continuam no local, alegando que não têm para onde ir. As famílias se reuniram para construir pontes de acesso às residências enquanto aguardam a conclusão das casas do PAC. Os bairros Mapiri e Uruará não foram incluídos no decreto porque lá está sendo construída a orla fluvial contra alagamentos.

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