ELE É O CARA
Veja quem é o Ministro que soltou o fazendeiro REGINALDO GALVÃO
Só ele estava certo, Ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Ministro Marco Aurélio Mello colocou Taradão na rua |
O promotor Edson Souza, que atuou no júri
popular, obtendo a condenação do fazendeiro e de outros quatro acusados,
lamentou a soltura de Galvão. Ele disse que os tribunais superiores
haviam negado por três vezes o pedido de liberdade, mas o ministro Marco
Aurélio Mello entendeu que todos estavam errados. E disparou: “Será,
então, que só o ministro está certo?”.
O
fazendeiro Regivaldo Pereira Galvão, o “Taradão”, condenado a 30 anos
pela morte da missionária Dorothy Stang, foi libertado na tarde de ontem
por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco
Aurélio Mello. O alvará de soltura foi encaminhado pela 1ª Câmara
Criminal Isolada do Tribunal de Justiça do Pará para a superintendência
do sistema penitenciário. Ao cruzar o portão de saída do Centro de
Recuperação Regional de Altamira, Galvão ajoelhou-se na calçada e fez
uma oração. Ele estava acompanhado de parentes e advogados.
“Sou inocente e não tenho nada a ver com esse crime. |
Perguntado se a alcunha de “Taradão” criava
na opinião pública um juízo negativo de valor contra ele, o fazendeiro
explicou que tinha culpa por isso. Contou que um time de futebol de
Belém foi jogar em Altamira e ele, que sempre foi artilheiro, fez vários
gols na partida. Um radialista de Altamira, empolgado ao microfone,
gritou que Galvão era “taradão” por furar as redes adversárias. O
apelido pegou na cidade. “Sempre fui boa gente, da paz”, resumiu o
fazendeiro.
RECURSOS
RECURSOS
O advogado Jânio Siqueira, defensor de
Galvão, declarou que o STF entendeu que a prisão dele foi baseada no
fato de o tribunal do júri haver concluído pela culpa provisória do
acusado, esquecendo que a sentença condenatória só poderia ter sido
executada quando não houvesse mais recursos pendentes da defesa contra a
condenação.
O promotor Edson Souza, que atuou no júri
popular, obtendo a condenação do fazendeiro e de outros quatro acusados,
lamentou a soltura de Galvão. Ele disse que os tribunais superiores
haviam negado por três vezes o pedido de liberdade, mas o ministro Marco
Aurélio Mello entendeu que todos estavam errados. E disparou: “Será,
então, que só o ministro está certo?”.
Entidades de direitos humanos e a Comissão
Pastoral da Terra (CPT) receberam com revoltada a decisão de Mello.
Segundo o coordenador da CPT de Belém, padre Paulo Joanil, a liberdade
de Galvão deixou a todos “indignados”.
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