Hoje, dia 25 de Fevereiro, é um dia como outro qualquer, porém para mim é um dia de tristeza, pois completam 26 anos que meu pai, JOÃO BENTO VEIGA DOS SANTOS faleceu.
Pouca gente sabe quem foi JOÃO BENTO VEIGA DOS SANTOS, e em
breves linhas tentarei contar um pouco da sua história.
Conhecido por JOÃO SANTOS, nasceu em Santarém, no Estado do
Pará, em 1925. Ingressou no quadro de funcionários do IBGE e em 1947 foi
designado chefe da Agência de Estatística de Monte Alegre, onde conheceu e se
interessou pela sua formação histórica e processo socioeconômico. Trabalhou no
IBGE na cidade de Itaituba, onde por um longo coletou muitos dados sobre a
história da região.
Em 1963 , já em Santarém, voltou a trabalhar no IBGE e
depois exerceu a função de Secretario da
Prelazia. Formou um precioso arquivo de dados e informações sobre a historia
santarena e região, tendo em 1978 publicado seu primeiro trabalho, uma
monografia sobre o Monsenhor Frederico Costa, 1º Bispo Prelado de Santarém.
Esta obra foi editada pelo Conselho Estadual de Cultura do Pará.
João Santos continuou suas pesquisas, tendo em 1980, publicado
outra obra, intitulada CRÔNICAS DO MONTE, que fala sobre a história de Monte
Alegre.
Meu pai muito contribuiu com a história de Santarém e região,
pouco divulgada. Participou de grandes eventos, elevando o nome de Santarém,
realizou dezenas de palestras pelo Brasil a fora, como varias vezes foi a Florianópolis-Santa
Catarina, São Paulo, Manaus, para falar sobre a Amazônia, em especial Santarém.
Deixou em nossa casa, onde mora minha mãe, um acervo
invejável para qualquer museu, com dados e informações preciosas sobre fatos e
a historia da Amazônia. Este acervo, fez com que nossa família, através do meu
irmão Padre Sabá e Ivan Carlos criassem a FUNDAÇÃO JOÃO SANTOS, entidade da qual tenho o privilégio de ser o
vice presidente.
Um dos maiores fatos da vida de João Santos, foi sua passagem como Presidente do São Francisco
Futebol Clube, que para manter minha palavra, quando anunciei na Radio Rural de
Santarém sua renuncia do cargo, pediu
demissão.
João Santos, casou com uma monte alegrense, Nale Sadeck dos
Santos, que em Setembro próximo
completará 90 anos de idade. Desta união, nasceram 8 filhos, sendo 3 mulheres e
cinco homens, entre eles, eu, PENINHA. Tenho também o orgulho de ter dois
irmãos padres: Padre Chico e Padre Sabá.
Me orgulho de ser seu
filho, mas tenho muita mágoa das autoridades de Santarém, que nunca
reconheceram ou lembraram deste grande historiador e pesquisador. Agora, vai
completar 26 que ele morreu e nunca fizeram uma homenagem justa a alguém que
contribuiu com a nossa historia. Não estou pedindo para ser feita esta
homenagem, mas apenas expressando meu descontentamento. Quem lembrou na época,
foi o então Governador do Pará, Jáder Fontenelle Barbalho, que colocou o nome de meu pai na Casa da
Cultura de Santarém-JOÃO SANTOS. Espero, que pelo menos, in memorian mantenha a
placa e o nome alusiva ao meu pai.
Luis Fernando Sadeck dos Santos, o Peninha ex-vereador e jornalista sobre os 26 anos da morte de seu pai João Santos.
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