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quinta-feira, 11 de julho de 2013

Bandidos e mocinhos, fiscais do Ibama e madeireiros

Por: CARLOS CRUZ (Exclusivo para o blog do Xarope)
Madeireiros são vilões, e o Ibama promove verdadeira caça ás bruxas, taxando-os de bandidos. Pelo menos é assim que a opinião pública, influenciada por alguns veículos de comunicação em massa, mostra os madeireiros ao grande público. Jogando na arena dos leões famintos por novas vítimas e generalizando uma classe onde existem bons e maus representantes, como sempre acontece. Se o Ibama não faz seu dever de casa, fechando os olhos ás grandes devastações, como foi o caso da Buriti, em Santarém, então por que perseguir outros, se a Lei deveria ser igual para t
odos? Eis a questão.
No cômputo geral, tanto fiscais e dirigentes do Ibama, quanto os madeireiros tem culpa no cartório; explico: sobre eles, tanto os declarados vilões quanto os mocinhos justiceiros, os do Ibama, pesam acusações de corrupção, conforme a mídia mostra, quase diariamente. No tribunal público judicial, vale o jogo de apontar culpados e mostrar seus crimes, tanto de um lado como de outro. Enfim, todos são santos ou dignos do perdão ou réus fadados a morrer queimados no fogo do inferno? Ninguém sabe explicar.
O que nos deixa preocupados é o seguinte fato: sem entrar no mérito das injustiças praticadas, nem das perseguições declaradas, é bom lembrar que cada madeireira que fecha suas portas, dezenas e até centenas de pais de família vão para o olho da rua, esquecidos na rua da amargura, que dando-se na sarjeta como ser sem rumo. E então se deparam com o desemprego, com o fantasma da miséria em suas portas, sem saber o que fazer envereda pelo crime. Não é uma alternativa saudável, muito menos recomendada, mas é a alternativa que surge, já que se tornar moto taxista clandestino é encarar uma concorrência desleal, em busca do ganhar pouco, insuficiente para sustentar uma família. Então nesse momento, frente às portas do crime e da bandidagem, só resta abraçar o destino cruel e que pode levar á morte.
O Ibama tem que fazer seu dever de casa, fiscalizando sem abuso de autoridade, preservando o verde e precavendo a devastação. Do jeito que está, tem muito madeireiro que fechou as portas, mandou seus empregados embora e ficou apenas com as desilusões e as multas do Ibama em mãos e a Ordem de interdição na porta de sua empresa. De esperança em dias melhores, não restou quase nada. Resta a pergunta; nesse caso, quem é o mocinho e quem é o bandido? Eis a questão.

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