De acordo com a diretora da 5ª Unidade Regional de Educação (URE), professora Glória Maria, o engenheiro da empresa Construtec, que venceu a licitação de cerca de R$ 500 mil, foi até a escola no início do primeiro semestre deste ano e disse para a diretoria que iria a Belém, para assinar o contrato na Seduc. Passados 07 meses, os serviços de reforma da Escola São Felipe ainda não iniciaram.
“O contrato ainda não foi assinado. A
Seduc nos informou que estava faltando alguns detalhes para que a
empresa inicie as obras. Os serviços estavam programados para começar no
primeiro semestre deste ano”, reforçou Glória Maria.
As condições de estrutura e a demora na
reforma da Escola Estadual São Felipe, localizada no bairro da Matinha,
na periferia de Santarém, Oeste do Pará, preocupam funcionários,
estudantes e a comunidade local. Os riscos constantes de desabamento da
passarela e do telhado da área de recreação dos alunos levaram centenas
de pais a procurar outra escola para matricular os filhos.
Diversos problemas estruturais são
apontados por professores e alunos como: Fiação elétrica exposta,
telhado cheio de buracos, madeira do telhado apodrecida por ação de
cupins, banheiros masculino e feminino funcionando em precárias
condições, buracos nas paredes de algumas salas, ventiladores parados
sem condições de funcionar, entre outros problemas.
Em menos de dois anos, segundo os
professores, a evasão de estudantes da Escola São Felipe para outros
educandários de Santarém chegou a mais de 50%. No ano de 2010, de acordo
com funcionários, a escola funcionava com mais de 1000 (mil) alunos.
Hoje, pouco mais de 300 se arriscam a estudar nas salas de aula.
A reforma deveria ter sido iniciada no
ano de 2010, porém, segundo fontes, a burocracia da Secretaria de Estado
de Educação (Seduc) emperrou as obras no educandário, prejudicando
centenas de alunos, que residem em vários bairros periféricos de
Santarém. A estrutura da área coberta foi condenada pelo Corpo de
Bombeiros desde 2011, por conta de colocar em risco a vida dos alunos.
“A escola tem 33 anos e nunca passou por
reforma. Foram construídos novos pavilhões e a parte elétrica está
comprometida. A escola funciona com sobrecarga de energia. Quando
funciona um pavilhão, tem que desligar o outro. Estamos almejando essa
reforma, que a subestação elétrica será contemplada com a reforma”,
declarou um professor.
PREOCUPAÇÃO: O aluno do 1º ano do
ensino médio, Dorielson da Silva, acredita que se acontecesse um
problema com algum aluno por causa da passarela que está quase
desabando, rapidamente a Seduc iniciaria os serviços de reforma da
Escola São Felipe. Ele reforça que desde o ano de 2010, os estudantes
esperam pela reforma, mas que até o momento não saiu do papel.
“Vejo a falta de reforma na Escola como
uma pouca vergonha, porque a gente fica aqui como palhaço! Estamos
esperando essa reforma há mais de dois anos, mas ainda na esperança,
porque se tivesse um filho do governador Jatene estudando aqui os
serviços já estariam em atividade”, dispara o estudante.
Para Dorielson, todos os alunos correm
risco quando entram na escola e passam pela passarela, onde os esteios
estão apodrecidos. Ele afirma que todos os estudantes ficam com medo de
serem vítimas de acidente.
“Dentro das salas, quando a gente liga
os ventiladores, eles ficam balançando, provocando um risco muito
grande. Em minha opinião, os estudantes deveriam fazer um manifesto
bloqueando a rodovia federal para chamar atenção do Governador”, sugere.
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