A Norte Energia atingiu a marca, em
julho deste ano, de 148.249 plantas da região do Xingu já resgatadas,
com 46% delas devolvidas ao meio ambiente. Este é um dos resultados
obtidos pela empresa que, atenta à importância de preservar espécies
típicas da região amazônica e muitas vezes ameaçadas de extinção,
desenvolve atividade constante de acompanhamento e proteção da flora na
área de influência da Usina Belo Monte.
Exemplar de pau-cravo identificado pela Norte Energia é reimplantado na natureza (Crédito – Regina Santos)
As atividades são realizadas desde junho de 2011 por profissionais no
Centro de Estudos Ambientais da Norte Energia. Além de plantas adultas,
o viveiro mantido pela empresa conta com 2.790.000 unidades que compõem
um banco de sementes para reprodução e estudos das características da
vegetação local. Este levantamento permite conhecer melhor o modo de
vida das espécies e, assim, obter o melhor resultado em iniciativas de
preservação.
A partir deste trabalho, a Norte Energia identificou, em 2012,
durante monitoramento preventivo para as primeiras escavações do canal
de derivação da usina, 11 indivíduos adultos de pau-cravo, espécie
típica da Amazônia que corre risco de extinção. As árvores foram
avaliadas, identificadas e removidas para transplante em áreas de
proteção. Das 11 espécies transplantadas, 10 sobreviveram e estão em
fase de frutificação, que antecede a etapa de coleta das sementes para
reprodução da espécie, no Centro de Estudos Ambientais da Norte Energia.
A continuidade do projeto permitiu que outros 30 exemplares de
pau-cravo fossem encontrados. Catalogados, eles agora estão sendo
acompanhados em áreas adquiridas pela empresa. O superintendente do Meio
Físico e Biótico da Norte Energia, Gilberto Veronese, considera o
programa um forte aliado na recuperação e preservação ambiental do Xingu
e destaca a importância do cuidado com essas espécies para as gerações
futuras. “Esse trabalho permitiu encontrar uma espécie que se acreditava
estar extinta há anos, isso para a sociedade acadêmica e para o meio
ambiente da região, representa um avanço importantíssimo”, afirmou
Varonese.
Após a identificação das plantas, a Norte Energia determinou aos seus
colaboradores que todas as espécies encontradas nos canteiros de obras e
adjacências sejam cadastradas e sua área imediatamente informada para o
grupo de acompanhamento do Plano de Ação Nacional de Conservação das
Espécies de Flora Ameaçadas de Extinção do Baixo e Alto Xingu (PAN).
Esse Plano foi elaborado com participação da Norte Energia, reforçando a
atuação de várias entidades brasileiras que atuam na conservação da
flora na região, entre elas o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), que
mantém parceria com a Norte Energia nos projetos de salvamento da flora e
da implantação do banco de germoplasma.
Pau-cravo – Árvore típica da floresta amazônica, o Pau Cravo também é
conhecido como cravo-do-maranhão, cravo-do-pará, cravo-do-mato e
canela-cravo. Durante o período colonial, foi considerada uma
concorrente à altura do cravo-da-índia e, por isso, muito explorada. De
porte médio, alcança até 20 metros de altura e guarda aroma semelhante
ao de rosas no caule. O tronco é amarelado e muito resistente, motivos
pelos quais a espécie foi bastante usada na construção de casas e
barcos.
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