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terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Justiça decreta prisão de suspeito de detonar rojão, e Dilma determina que PF entre no caso

Com a Candelária ao fundo, cinegrafistas e fotógrafos fazem protesto após a morte do jornalista Santiago AndradeA segunda-feira foi um dia de luto na imprensa brasileira. Atos de solidariedade à família do cinegrafista da Rede Bandeirantes Santiago Andrade, atingido por um rojão quando cobria um protesto na Central do Brasil, e de repúdio à violência mobilizaram colegas de profissão no Rio e em Brasília. Ainda na noite de ontem, a Justiça do Rio aceitou e expediu o pedido de prisão temporária (por 30 dias) do suspeito de ter detonado o morteiro que matou o cinegrafista. Ele deve ser enquadrado pelo crime de homicídio doloso qualificado pelo uso de explosivo e por crime de explosão. Se o suspeito não se entregar, a polícia começa a caçá-lo já a partir das 6h de hoje. A pena dele pode chegar a 35 anos.

De acordo com o delegado Maurício de Almeida, da 17ª DP (São Cristóvão), o homem foi identificado e tem duas passagens pela polícia — numa, ele aparece como vítima por ser agredido em manifestação no Centro, na outra é acusado de crime de baixo potencial ofensivo.
A informação do segundo acusado foi passada pelo advogado Jonas Tadeu Nunes, responsável pela defesa do tatuador Fábio Raposo, preso sob a acusação de ter entregue o explosivo ao homem que acionou o artefato. O advogado disse que conversou com uma pessoa próxima ao acusado, tentando convencê-lo a se entregar, em vão.
De acordo com Jonas Tadeu Nunes, o tatuador — que está num presídio do complexo de Gericinó — lhe apontou, numa rede social, uma pessoa próxima ao suspeito. Através dela o advogado teria conseguido os dados passados à polícia. Jonas Tadeu espera que com essa colaboração seu cliente consiga o benefício da deleção premiada.
Através do Twitter, a presidente Dilma Rousseff determinou que a Polícia Federal dê apoio às investigações sobre os responsáveis pela morte do cinegrafista “para a aplicação da punição cabível”. A presidente também condenou atos violentos nas manifestações. Em depoimento à TV Globo, a mulher de Santiago, Arlita Andrade, pediu paz. A família doou os órgãos do cinegrafista.


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