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terça-feira, 6 de maio de 2014

Nova droga contra malária é testada em Manaus, e deve reduzir tratamento

"Medicamento pode reduzir o tempo de tratamento da doença de sete para apenas um dia. Se comprovada sua eficácia, droga deverá ser adotada pelo Ministério da Saúde".

Brasil e Reino Unido têm grande interesse na descoberta de novas terapêuticas para malária (Arquivo A CRÍTICA)
Brasil e Reino Unido têm grande interesse na descoberta de novas terapêuticas para maláriaA Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT) está realizando testes de uma nova droga, a Tafenoquina, destinada ao tratamento da Malária causada pelo Plasmodium Vivax. O objetivo é testar a eficiência do medicamento que, se comprovada, deverá ser adotado pelo Ministério da Saúde, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
A ação pioneira faz parte do estudo clínico de cooperação internacional, que conta com a participação de centros de pesquisa do Brasil, Peru, Índia, Bangladesh e Tailândia. “A FMT é a primeira, entre as instituições de pesquisa envolvidas no projeto, a testar o medicamento em humanos”, destaca o secretário estadual de Saúde, Wilson Alecrim.

O ensaio clínico multicêntrico é financiado pela Fundação Bill e Melinda Gates, por meio da empresa suíça Medicines for Malaria Venture (MMV) e da Glaxo Smith Kline (GSK), cuja sede mundial fica no Reino Unido e a regional da América Latina, no Rio de Janeiro. No Brasil, além da FMT, que faz parte da Secretaria Estadual de Saúde (Susam), o projeto conta com a participação da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), de Porto Velho (RO). A diretora presidente da FMT, Graça Alecrim, ressalta que os países envolvidos no estudo têm grande interesse no desenvolvimento de novas terapêuticas para Malária, em virtude da alta incidência da doença nessas regiões.
Graça Alecrim explica que, atualmente, o tratamento da Malária causada pelo Plasmódium Vivax é feito, no Brasil e em todo o mundo, com a terapia combinada de dois antimaláricos – a Cloroquina, administrada por via oral pelo período de três dias; e a Primaquina, utilizada por sete dias. Este último é, atualmente, o único fármaco anti-recaídas, ativo contra a forma latente do P.Vivax. Se os resultados atestarem a eficiência da Tafenoquina, a substância deverá substituir a Primaquina. “Uma das principais vantagens da troca é que a Tafenoquina é administrada em dose única, o que reduz o tempo de tratamento do paciente de sete para apenas um dia”, explicou.

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