Apesar de receber, segundo a polícia, dinheiro do tráfico para jogar no time da Vila Aliança, Diego Vicente dos Santos — preso nesta quinta-feira,
suspeito de integrar o time de futebol Vila Aliança Clube, do
traficante Rafel Alves, o Peixe, chefe do tráfico naquela comunidade, em
Bangu — ganhava um salário mínimo para atuar no Campusca, como é
conhecido o Campo Grande Atlético Clube. Na manhã desta sexta-feira,
colegas de Diego receberam com surpresa a informação de que ele havia
sido preso. O vice-presidente de futebol do clube, João Neto, disse que o
jogador nunca fez nada que desabonasse sua reputação:
— Era muito
bom garoto, tranquilo. Recebemos com muita tristeza essa notícia.
Torcemos para que tenha sido apenas uma carona que ele deu. O contrato
dele tinha acabado, e a gente estava conversando para negociar um novo.
Diego jogou cerca de 30 partidas no tempo em que ficou no time. João
acredita que a boa atuação do atleta em campo poderia lhe render futuros
convites para times maiores:
— Ele fez uma boa competição. Era um
jogador que tinha condições de estar num clube de maior visualização.
Se estiver certo e não tiver mais nada a pagar, o clube não vai
abandoná-lo.
— Ele tinha um excelente caráter dentro de campo, cumpria suas
responsabilidades como atleta. Era um doce de menino. A gente, ali,
considera todos esses garotos como filhos. As pessoas, às vezes, se
deixam levar por essas companhias, mas ele era uma pessoa magnífica. Um
menino desse que tinha uma carreira brilhantíssima. Menino de ouro. Foi o
melhor lateral do campeonato todo. Cogitado para ir para fora (do
país). Era excelente, esplêndido, maravilhoso.
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