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terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

MP silencia diante de denúncia de corrupção em Juruti

Por Marcos Santos
Até agora, o Ministério Público do Estado (MPE) ainda não se manifestou diante das graves denúncias sobre um suposto esquema de corrupção envolvendo o prefeito do município de Juruti, no oeste do Pará, Marco Dolzane (PSD) e treze vereadores da Câmara Municipal. Desde a divulgação de um áudio de uma reunião que teria ocorrido em setembro de 2014, que a sociedade jurutiense cobra uma resposta do MP sobre a possibilidade de abertura de um inquérito para apurar as graves denúncias contra os membros dos poderes Executivo e Legislativo. Um CD foi distribuído na cidade contendo a gravação.
Várias entidades, como associações de moradores, sindicatos, partidos políticos e cidadãos já teriam entrado com representações no MP cobrando investigação.
São mais pouco mais de 50 minutos de áudio que detalha o suposto esquema comandado pelo prefeito Marco Dolzane. As denúncias começaram a ganhar eco através do blog do jornalista Jeso Carneiro, que começou uma série de reportagens sobre o caso. Porém, curiosamente, nenhum órgão fiscalizador da coisa pública se manifestou diante das denúncias gravíssimas.
Na gravação, vozes que seriam do prefeito Marco Dolzane e dos doze vereadores presentes à reunião revelam o suposto esquema de corrupção, onde o gestor municipal repassa R$ 2 mil para cada vereador, que participou da reunião (mais dois que não estavam presentes, ficando suas partes sob tutela de um tal 'Zezinho' José Alves Filho, tesoureiro da casa). Quem gravou a conversa foi a vereadora do PT, Heriana Santos, que foi secretária do governo do ex-prefeito Henrique Costa.
As conversas sugerem investigação, já que no áudio fica claro se tratar do prefeito Marco Dolzane, que confessa cometer fraudes através de notas frias.
O ‘mensalinho’ pago aos parlamentares foi feito em troca de apoio político.
Em Juruti, os supostos fraudadores do dinheiro público afirmam que tudo não passa de uma brincadeira e tentam atribuir à denúncia aos adversários da oposição ao prefeito.
Em algumas cidades brasileiras, onde crimes semelhantes foram cometidos por prefeitos e vereadores, o MP age imediatamente e, diante de provas, consegue até mandar pra cadeia os usurpadores do dinheiro público.

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