"Caso o Prefeito não compareça à Câmara
para dar essas explicações, Geovani reafirma que ele pode ser cassado.
“Depende apenas da Câmara e de ações dentro do Judiciário. Vamos reunir
toda a base e vamos pedir que ele venha. Por enquanto vamos trabalhar
para que ele possa vir. Só queremos agora dizer o seguinte: Prefeito
respeite a Lei orgânica que o senhor promulgou quando foi presidente
dessa Casa!”, declarou Geovani Aguiar.
As dificuldades e os entraves
ocasionados pela falta de interação e diálogo entre o prefeito de
Santarém, Alexandre Von (PSDB) e os 21 vereadores está causando revolta
na Câmara Municipal de Santarém. A maior problemática enfrentada na
Câmara, segundo o vereador Geovani Aguiar (PSC), é o descumprimento do
Prefeito perante a Lei Orgânica do Município.
Entre os problemas ocasionados pela
falta de parceria da Prefeitura com a Câmara, de acordo com Geovani
Aguiar estão: o entrave na criação da Guarda Municipal; liberação de
recursos indicados pelos vereadores para a construção de obras na cidade
e aprovação de leis.
Os referidos problemas podem ocasionar a
cassação do mandato do prefeito Alexandre Von, segundo Geovani Aguiar,
caso ele não compareça ao plenário da Câmara Municipal, para dar
explicações. “Em maio de 2013, fizemos um documento assinado por 18
vereadores e convidamos o Prefeito para vir à Câmara para discutir a
questão da Guarda Municipal. No entanto, ele não veio, aí demos 30 dias
para ele escolher um dia para vir, mas não veio, não respondeu e
simplesmente ignorou”, desabafa o parlamentar.
Geovani Aguiar lembra que o Decreto de
Lei 201, fala que o não cumprimento de convocação do Prefeito e também
pedido de informação, dá cassação de mandato. “Isso é lei e podemos
cassar o mandato do Prefeito a hora que a Câmara quiser. Agora, basta os
pares quererem, mas estamos dando uma nova oportunidade para que o
Prefeito venha atender isso”, disse o parlamentar.
Ele explicou que o segundo ponto da
questão, é que foi aprovada no ano passado, no Orçamento Geral do
Município, a emenda impositiva do Vereador, mas que não está sendo
cumprida pela Prefeitura. De acordo com a emenda, 1,2% do orçamento é
indicação do Vereador para a construção de obras. “Isso não há
contingenciamento e o Prefeito não pode cortar. Dos R$ 668 milhões que
ele tem no orçamento, R$ 4,5 milhões é a Câmara que vai indicar onde ele
vai fazer a obra”, aponta Geovani Aguiar.
Ele acrescenta que esse dinheiro não vem
para Câmara, nem para as mãos do Vereador, mas diretamente para uma
obra. “O Vereador apenas vai indicar onde vai ser feita a obra. Por
exemplo: Há um Vereador que indicou R$ 80 mil para as obras de
recuperação do posto de saúde da Vila de Arapixuna. O Prefeito disse que
não tem dinheiro, mas isso é verba federal”, revela o parlamentar.
O problema, de acordo com Geovani
Aguiar, para começar a entender, é que o Prefeito não quer dar esses
bônus aos vereadores, que estão preocupados com o desenvolvimento e a
qualidade de vida dos munícipes. “É lamentável esse comportamento do
Prefeito. Existe uma lei que foi sancionada pelo presidente da Casa
Legislativa, sendo uma emenda da Lei Orgânica, que vamos encaminhar ao
Prefeito, mostrando que ele é obrigado a respeitar a emenda impositiva
parlamentar”, avisa Geovani Aguiar.
Caso o Prefeito não compareça à Câmara
para dar essas explicações, Geovani reafirma que ele pode ser cassado.
“Depende apenas da Câmara e de ações dentro do Judiciário. Vamos reunir
toda a base e vamos pedir que ele venha. Por enquanto vamos trabalhar
para que ele possa vir. Só queremos agora dizer o seguinte: Prefeito
respeite a Lei orgânica que o senhor promulgou quando foi presidente
dessa Casa!”, declarou Geovani Aguiar.
LOA: A Câmara de
Santarém aprovou no dia 10 de dezembro de 2014, a Lei Orçamentária Anual
(LOA) no valor de R$ 668,5 milhões para serem usados em órgãos
municipais durante o ano de 2015. Na ocasião, houve muita polêmica entre
os vereadores que conseguiram remanejar recursos de secretarias mais
beneficiadas com dotação orçamentária para outras menos favorecidas.
Uma das discussões foi a questão do
orçamento destinado à Secretaria Municipal de Agricultura e Incentivo à
Produção Familiar (Semap), que em 2014 recebeu R$ 35 milhões, e em 2015
deveria receber R$ 34 milhões. Mesmo sendo minoria, a vereadora Ivete
Bastos (PT) conseguiu remanejar R$ 750 mil do Núcleo de Obras Especiais
(NGO), para a Semap incentivar eventos, como a Feira da Cultura Popular e
os festivais das comunidades do Município.
GUARDA MUNICIPAL: Segundo
o vereador Geovani Aguiar, o projeto de criação da Guarda Municipal
está entre os que estão entravados por conta do descaso da Prefeitura.
Apesar de inúmeros município Brasil a fora já terem criado suas
respectivas guardas municipais e em conseqüência disso terem diminuído
os índices de criminalidade, em Santarém a realidade é bem diferente.
Mesmo com as constantes cobranças da Sociedade Civil Organizada, o Poder
Público Municipal insiste em não instituir esse mecanismo de proteção
social.
Para o vereador Geovani Auiar, esse
serviço é essencial para garantir a segurança do patrimônio público e da
própria população. Ele disse, ainda, que a falta desse serviço
representa prejuízos ao contribuinte e causa insegurança aos logradouros
da cidade. O parlamentar lembrou do episódio que envolveu a Praça
Tiradentes, no bairro Aldeia, de onde furtaram materiais de construção,
que deveriam ser utilizados na reforma da praça.
A lei que autoriza o Executivo a criar a
guarda Municipal já existe desde 1963, ainda na gestão do então
prefeito Everaldo Martins. Segundo Geovani Aguiar, a Guarda Municipal
vai ajudar bastante no combate à violência, na cidade.
A Guarda Municipal ou Guarda Civil Municipal é a denominação utilizada no Brasil para designar a instituição de controle social ostensivo para proteger os bens, serviços e instalações dos municípios. As Guardas Municipais apresentam-se como uma alternativa à segurança pública no Brasil. Em outros países – a exemplo dos Países Baixos, Espanha, Bélgica, Portugal, Itália e França, bem como nos Estados Unidos e no Reino Unido – as administrações municipais possuem forças policiais locais que atuam na segurança de seu patrimônio.
A Guarda Municipal ou Guarda Civil Municipal é a denominação utilizada no Brasil para designar a instituição de controle social ostensivo para proteger os bens, serviços e instalações dos municípios. As Guardas Municipais apresentam-se como uma alternativa à segurança pública no Brasil. Em outros países – a exemplo dos Países Baixos, Espanha, Bélgica, Portugal, Itália e França, bem como nos Estados Unidos e no Reino Unido – as administrações municipais possuem forças policiais locais que atuam na segurança de seu patrimônio.
Fonte: RG 15/O Impacto
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