A falta de diálogo do Governo do Pará
com os profissionais de educação sobre a greve da classe, que iniciou no
dia 25 de março deste ano e, que continua por tempo indeterminado virou
motivo de revolta da vereadora santarena, Ivete Bastos (PT). Além da
greve dos professores, Ivete denunciou outros problemas ocasionados pela
má administração do governador Simão Jatene.
Em pronunciamento na segunda-feira, 20,
na tribuna da Câmara, Ivete criticou o estado de abandono, com que o
governo do Estado relegou a população de Santarém e da região Oeste do
Pará, principalmente nas áreas da saúde, infraestrutura, segurança
pública e educação. “Com relação à educação, Jatene tem sido um
verdadeiro ditador, demonstrando um completo desrespeito à categoria,
desvalorizando ainda mais a educação no Estado”, declarou a Vereadora.
Segundo ela, o governador Simão Jatene
virou as costas para a região em todas as áreas, onde nada se consegue
em benefício da população. Para Ivete, enquanto os professores estão em
greve, ele viaja pelo mundo e ainda autoriza um helicóptero para
monitorar os profissionais de educação, como se fossem delinqüentes, em
vez de combater a falta de segurança. Sobre a saúde, a vereadora Ivete
Bastos disse que são mais de R$ 7 milhões, que o Estado deixou de
repassar ao Município nos últimos dez meses, deixando a população
totalmente descoberta de atendimento básico.
De acordo com Ivete Bastos, a falta de
segurança toma conta da região e as pessoas temem até sair de casa. A
Vereadora afirma que a população já devia ter percebido a má intenção de
Simão Jatene quando se colocou contra a criação do Estado do Tapajós e,
que mesmo assim ainda deu uma votação expressiva a ele. “O Governador
responde com retaliação, relegando a região ao abandono total”, afirmou a
Vereadora.
Ivete Bastos atribui o descaso do
Governador para com a região a um tratamento político sórdido por conta
do projeto de criação do Estado do Tapajós, demonstrando-se um
verdadeiro ditador e utilizando a própria máquina pública para punir as
pessoas que votaram contra ele.
CONVOCAÇÃO DE SECRETÁRIOS: O
vereador Emir Aguiar (PR), em contatocom nossa reportagem, informou que
na próxima semana um requerimento de sua autria será colocado em
votação, na Câmara, convocando a vinda à Câmara Municipal de Santarém do
Coordenador Geral do Núcleo de Gerenciamento de Obras (NGO), Geraldo
Bitar e dos Secretários municipais de Infraestrutura e de Finanças.
Segundo o Vereador, inicialmente Geraldo Bitar deve prestar contas das
funções a ele atribuídas, uma vez que em 2014 veio ao Poder Legislativo e
anunciou uma série de medidas para destravar as obras paralisadas.
“Agora é preciso que ele retorne à Câmara para prestar contas do que foi
feito, uma vez que a sociedade cobra objetividade da gestão municipal e
com isso, se percebe que as coisas não evoluíram como ele anunciou há
um ano. Ele precisa explicar o que realmente veio fazer em Santarém,
porque muitas obras continuam paradas e a Câmara deve a ele a chance de
se explicar para a população santarena insatisfeita”, observou.
Outro requerimento que o vereador Emir
Aguiar vai protocolar trata sobre a ida à Câmara dos secretários de
Finanças e de Infraestrutura do Município. “Encaminhamos um pedido
solicitando informações de forma detalhada e analítica sobre a conta de
iluminação pública, mas por desrespeito a esta Casa e à Lei Orgânica do
Município, a gestão municipal não respondeu”, informou. Segundo o
Vereador, como estão esgotando todos os diálogos, agora vai passar a
convocá-los. Se não atenderem a convocação e não apresentarem as
explicações plausíveis, Emir prometeu entrar com uma Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI), para investigar as entranhas do governo
municipal e saber o que realmente está sendo feito com os recursos
públicos. “Só em 2014 foram repassados pela Celpa à prefeitura de
Santarém R$ 10,2 milhões, e na prestação de contas aparece apenas R$ 6
milhões. Em 2015 já foram repassados cerca de R$ 4 milhões, e só foram
investidos em iluminação pública R$ 1,8 milhão”, afirmou.
Emir Aguiar disse, que, além disso, a
iluminação pública deve atender todo o Município, os bairros mais
afastados, o interior e não só o centro da cidade, como está
acontecendo. “A iluminação pública está associada à segurança pública.
Se falta uma, certamente faltará a outra também”, finalizou.
Fonte: RG 15/O Impacto
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