Na segunda reportagem da série especial sobre obras não-concluídas pelo governador Simão Jatene, o jornal DIÁRIO do Pará fiscalizou projetos anunciados para Marabá, no sudeste paraense. Na cidade, o descaso por parte do Governo do Estado fica evidenciado nas diversas obras inacabadas. Uma delas é o Centro de Convenções e Eventos, tão alardeado pelo governador como uma de suas façanhas na região. Também conhecido como “Hangarzinho”, o prédio é de responsabilidade da Secretaria de Estado de Obras Públicas do Pará (Seop) e deveria ser uma construção de importância para Marabá. Recentemente, Jatene divulgou, na mídia oficial, que o Centro de Convenções estaria “praticamente concluído”. Não é isso que o povo da cidade tem visto.
No espaço, vê-se apenas um prédio inacabado e cerca de 10 operários trabalhando, num ritmo que não indica que deva ficar pronto tão cedo. A obra é localizada em um terreno próximo ao Hospital Regional de Marabá, na rodovia BR-230 (Transamazônica), e estava prevista para ser iniciada em agosto de 2012, com prazo de conclusão de 730 dias - como indica a placa colocada no lugar. Ou seja, pelos números do próprio Governo, o Centro de Convenções deveria ter sido inaugurado há 1 ano. Até agora, no entanto, apenas 54% da construção está concluída. Mesmo assim, Jatene tem divulgado que está tudo indo muito bem.
OPINIÃO TÉCNICA
Em abril de 2013, uma placa do Governo, informando os dados da obra, foi afixada no terreno. Na placa, constava que a obra havia sido avaliada em R$ 17,8 milhões, com prazo de 730 dias para ficar pronta. Hoje, o valor já subiu para R$ 19 milhões, o que representa R$ 1,2 milhão que o governador jogou no lixo e que poderiam ser investidos na construção de escolas, reformas de hospitais ou estradas. Para complicar tudo ainda mais, no ano passado, a construção ficou parada por 6 meses.
De acordo com a avaliação do engenheiro civil Tiago Koch, com larga experiência em grandes obras, o período de construção do Centro de Convenções já extrapolou, e muito, os prazos de previsão para um projeto desse porte. “O prédio deveria ter ficado pronto no prazo de 2 anos. No máximo, 3 anos”, analisa.
Segundo ele, para obras grandes como essa, existe um planejamento que inclui, também, o prazo que a construção levará. Geralmente, esse prazo é gerenciado por um programa de computador. “Quando o tempo de conclusão extrapola, é culpa da avaliação humana. Pode ser por falta de material, de pessoal para trabalhar, carga horária inadequada, atraso no licenciamento ambiental”, explicou Koch. “Se atrasou, a culpa é de quem deveria coordenar tudo isso”. Mas, apesar dos atrasos e dos gastos excessivos, Jatene segue afirmando que está tudo indo muito bem na construção do Centro de Convenções de Marabá.
CENTRO DE CONVENÇÕES DE MARABÁ
A PROMESSA DE JATENE:
- Iniciada em agosto de 2012,
a obra de R$ 17,8 milhões deveria ser feita em 730 dias.
No espaço, vê-se apenas um prédio inacabado e cerca de 10 operários trabalhando, num ritmo que não indica que deva ficar pronto tão cedo. A obra é localizada em um terreno próximo ao Hospital Regional de Marabá, na rodovia BR-230 (Transamazônica), e estava prevista para ser iniciada em agosto de 2012, com prazo de conclusão de 730 dias - como indica a placa colocada no lugar. Ou seja, pelos números do próprio Governo, o Centro de Convenções deveria ter sido inaugurado há 1 ano. Até agora, no entanto, apenas 54% da construção está concluída. Mesmo assim, Jatene tem divulgado que está tudo indo muito bem.
OPINIÃO TÉCNICA
Em abril de 2013, uma placa do Governo, informando os dados da obra, foi afixada no terreno. Na placa, constava que a obra havia sido avaliada em R$ 17,8 milhões, com prazo de 730 dias para ficar pronta. Hoje, o valor já subiu para R$ 19 milhões, o que representa R$ 1,2 milhão que o governador jogou no lixo e que poderiam ser investidos na construção de escolas, reformas de hospitais ou estradas. Para complicar tudo ainda mais, no ano passado, a construção ficou parada por 6 meses.
De acordo com a avaliação do engenheiro civil Tiago Koch, com larga experiência em grandes obras, o período de construção do Centro de Convenções já extrapolou, e muito, os prazos de previsão para um projeto desse porte. “O prédio deveria ter ficado pronto no prazo de 2 anos. No máximo, 3 anos”, analisa.
Segundo ele, para obras grandes como essa, existe um planejamento que inclui, também, o prazo que a construção levará. Geralmente, esse prazo é gerenciado por um programa de computador. “Quando o tempo de conclusão extrapola, é culpa da avaliação humana. Pode ser por falta de material, de pessoal para trabalhar, carga horária inadequada, atraso no licenciamento ambiental”, explicou Koch. “Se atrasou, a culpa é de quem deveria coordenar tudo isso”. Mas, apesar dos atrasos e dos gastos excessivos, Jatene segue afirmando que está tudo indo muito bem na construção do Centro de Convenções de Marabá.
CENTRO DE CONVENÇÕES DE MARABÁ
A PROMESSA DE JATENE:
- Iniciada em agosto de 2012,
a obra de R$ 17,8 milhões deveria ser feita em 730 dias.
AS OBRAS PARADAS DEVEM ESTAR AGUARDANDO "ADITIVO" QUE SÓ BENEFICIAM AS CONSTRUTORAS E PREJUDICAM OS CONTRIBUINTES. É MAIS DINHEIRO PÚBLICO SUMINDO PELO RALO DA CORRUPÇÃO, QUE O DIGA O TUCANO PESCADOR.
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