Barreira de contenção feita após naufrágio rompeu-se e gera forte odor. Acidente com navio de carga viva ocorreu dia 6; CDP diz cumprir medidas.
Moradores de Vila do Conde realizaram um protesto na manhã desta segunda-feira (12) em frente ao principal portão de acesso da Companhia Docas do Pará (CDP), em Barcarena, no nordeste do Pará. Eles cobraram providências imediatas para os problemas decorrentes do naufrágio de uma embarcação que transportava cinco mil bois, em Barcarena, no último dia 6.
Três praias de Vila do Conde, o píer onde ocorreu o naufrágio e a praia de Beja, em Abaetetuba, foram interditados e proibidos para qualquer tipo de atividade, já que estão tomados por bois mortos e óleo decorrente do naufrágio. Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), pouco mais de 100 bois foram resgatados com vida - a maior parte morreu afogada e muitos animais não conseguiram sobreviver porque teriam ficados presos no porão do navio, o que gerou um alerta também para a vigilância sanitária, preocupada com o consumo dessa carne. A comunidade reclama que vem sofrendo os efeitos dos danos provocados ao meio ambiente, à economia da cidade e à vida dos moradores. Centenas de bois mortos estão sendo levados pelas águas do rio Pará para as margens da praia de Vila do Conde, onde estão ficando encalhados na areia. Máscaras respiratórias estão sendo distribuídas para a população para evitar contaminação.
Os moradores afirmam ainda que a barreira de contenção que isolava a área do naufrágio rompeu-se na noite do domingo (11), causando um forte mau cheiro por conta da decomposição dos animais e do óleo que se espalhou pelas águas do rio Pará.
No distrito de Vila do Conde, com 8 mil moradores, os comerciantes da beira da praia fecharam as portas e os pescadores se recolheram. Moradores afirmam que não há condições de trabalho com as praias interditadas e que as nódoas de óleo mancham as águas e a areia por mais de três quilômetros.
"Nós vivemos da praia. É daqui que sai comida, bebida, água, pão, tudo. Essas empresas vêm pra cá, derramam as coisas e quem paga o pato somos nós. Quem vai botar comida na minha mesa se não posso mais pescar? Quem vai sustentar os filhos da Dona Maria se ela não tem mais freguês na barraca com a praia fechada? Alguém tem que fazer alguma coisa e esse alguém é a CDP e os donos do barco e dos bois", reclama Adauto Lopes, um dos pescadores entre os mais de 500 que participaram da audiência pública ocorrida quinta-feira (8), no centro comunitário da cidade.
rgãos competentes querem que os animais sejam retirados o quanto antes e levados para um local adequado. Uma equipe da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) foi enviada na também manhã desta segunda-feira para Barcarena com o objetivo de acompanhar o andamento das ações por parte da empresa. "Forçar que as empresas resolva o problema retire toda essa carcaça que chega as praias enquanto não se resolve ela deve ficar em contêineres”, disse o secretário da Semas, Luiz Fernandes.
A Companhia Docas do Pará (CDP) informou que as determinações judiciais já estão sendo cumpridas, mas que a retirada, transporte e incineração dos bois foi suspensa no final da tarde do domingo porque pessoas da comunidade obstruíram a rodovia que dá acesso às valas, que foram cavadas para que fosse feito o descarte e a queima dos animais em decomposição. O serviço completo de limpeza na área tem previsão de duração de até 6 meses.
A Semas informou que aumentou de R$ 200 mil para R$ 1 milhão a multa diária caso a CDP e todas as empresas envolvidas direta e indiretamente no naufrágio do navio boiadeiro em Vila do Conde, Barcarena, não cumpram as exigências da secretaria para conter o impacto ambiental provocado pelo incidente, ocorrido no último dia 6. No local do naufrágio, o navio submerso permanece atracado e sobre ele há quase 50 bois mortos.
Três praias de Vila do Conde, o píer onde ocorreu o naufrágio e a praia de Beja, em Abaetetuba, foram interditados e proibidos para qualquer tipo de atividade, já que estão tomados por bois mortos e óleo decorrente do naufrágio. Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), pouco mais de 100 bois foram resgatados com vida - a maior parte morreu afogada e muitos animais não conseguiram sobreviver porque teriam ficados presos no porão do navio, o que gerou um alerta também para a vigilância sanitária, preocupada com o consumo dessa carne. A comunidade reclama que vem sofrendo os efeitos dos danos provocados ao meio ambiente, à economia da cidade e à vida dos moradores. Centenas de bois mortos estão sendo levados pelas águas do rio Pará para as margens da praia de Vila do Conde, onde estão ficando encalhados na areia. Máscaras respiratórias estão sendo distribuídas para a população para evitar contaminação.
Os moradores afirmam ainda que a barreira de contenção que isolava a área do naufrágio rompeu-se na noite do domingo (11), causando um forte mau cheiro por conta da decomposição dos animais e do óleo que se espalhou pelas águas do rio Pará.
No distrito de Vila do Conde, com 8 mil moradores, os comerciantes da beira da praia fecharam as portas e os pescadores se recolheram. Moradores afirmam que não há condições de trabalho com as praias interditadas e que as nódoas de óleo mancham as águas e a areia por mais de três quilômetros.
"Nós vivemos da praia. É daqui que sai comida, bebida, água, pão, tudo. Essas empresas vêm pra cá, derramam as coisas e quem paga o pato somos nós. Quem vai botar comida na minha mesa se não posso mais pescar? Quem vai sustentar os filhos da Dona Maria se ela não tem mais freguês na barraca com a praia fechada? Alguém tem que fazer alguma coisa e esse alguém é a CDP e os donos do barco e dos bois", reclama Adauto Lopes, um dos pescadores entre os mais de 500 que participaram da audiência pública ocorrida quinta-feira (8), no centro comunitário da cidade.
rgãos competentes querem que os animais sejam retirados o quanto antes e levados para um local adequado. Uma equipe da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) foi enviada na também manhã desta segunda-feira para Barcarena com o objetivo de acompanhar o andamento das ações por parte da empresa. "Forçar que as empresas resolva o problema retire toda essa carcaça que chega as praias enquanto não se resolve ela deve ficar em contêineres”, disse o secretário da Semas, Luiz Fernandes.
A Companhia Docas do Pará (CDP) informou que as determinações judiciais já estão sendo cumpridas, mas que a retirada, transporte e incineração dos bois foi suspensa no final da tarde do domingo porque pessoas da comunidade obstruíram a rodovia que dá acesso às valas, que foram cavadas para que fosse feito o descarte e a queima dos animais em decomposição. O serviço completo de limpeza na área tem previsão de duração de até 6 meses.
A Semas informou que aumentou de R$ 200 mil para R$ 1 milhão a multa diária caso a CDP e todas as empresas envolvidas direta e indiretamente no naufrágio do navio boiadeiro em Vila do Conde, Barcarena, não cumpram as exigências da secretaria para conter o impacto ambiental provocado pelo incidente, ocorrido no último dia 6. No local do naufrágio, o navio submerso permanece atracado e sobre ele há quase 50 bois mortos.
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