“Milhares deles invadiram Santarém, a maioria para
fugir da folia do carnaval. As praias foram o refugio principal, entre elas a
famosa Alter do Chão, que estaria com um surto do vírus de HEPATITE A”.
Altamirenses se misturam aos banhistas da região na praia de Alter do Chão |
Nem mesmo o anuncio da contaminação, com resultado
insatisfatório em quatro locais, com indicação positiva para a presença de
coliformes fecais, por laudos da coleta feita no dia 14 de janeiro pela Divisão
de Vigilância Sanitária, principalmente na praia do amor, onde ficam as
barracas, fizeram com que centenas de pessoas deixaram de usar as principais
praias de Santarém.
Empresário Fabiano elogiou as belezas das praias da região |
Os turistas vieram principalmente dos municípios localizados
as proximidades de Santarém, entre eles Itaituba e Altamira.
Entenda o caso: O Ministério Público em Santarém
ajuizou Ação Civil Pública (ACP) na manhã de quinta-feira, 12 de fevereiro,
contra o município de Santarém, para garantir a proteção da saúde pública na
vila de Alter do Chão, principalmente com relação ao vírus da hepatite A.
O MPE requer expedição de liminar que determine a
interdição imediata dos quatros pontos que apresentam contaminação conforme os
laudos técnicos, até que novas análises atestem a qualidade da água para
consumo e para banho.
A ação foi ajuizada na quinta-feira, 12 de fevereiro, na 6ª Vara Cível, pelos promotores de justiça Tulio Chaves Novaes, Maria Raimunda Tavares e Luziana Dantas. Foi cadastrada com o número de processo 00012831620158140051.
Embora a análise de balneabilidade, que indica se a água é adequada para o banho, ainda não tenha sido concluída, o MP considera que os exames que atestam ser a água imprópria para o consumo, justificam o pedido de interdição, pois não há como garantir a não ingestão de certa quantidade de água pelos banhistas. “Não se pode, portanto, desvincular a potabilidade da balneabilidade”, ressalta.
CONTAMINAÇÃO: Os laudos apontaram, em coleta feita no dia 14 de janeiro pela Divisão de Vigilância Sanitária, resultado insatisfatório em quatro locais, com indicação positiva para a presença de coliformes fecais e E. coli na água da praia do Amor (próximo às barracas), praia do CAT(Centro de Atendimento ao Turista), Cabeceira do Macaco e bebedouro da escola municipal Antônio Sousa Pedroso.
Com relação aos casos de hepatite A, em 2014, foram 13 casos. E desde janeiro de 2015, oito casos foram comprovados e 11 estão em análise. O MP ressalta que a estatística refere-se somente aos casos oficialmente registrados.
O MP convocou representantes do poder público e outras instituições para tratar do assunto, no dia 6 de fevereiro. Dentre as secretarias municipais, esteve presente somente a de Turismo, embora tenham sido convidadas a de Meio Ambiente, Infraestrutura, Saúde, e o prefeito. A ação ressalta “a ausência até o presente momento de medidas efetivas para a descontaminação do local e prevenção de novos eventos contaminantes por parte da autoridade administrativa”.
Por outro lado, o município de Santarém gastou em 2014, com publicidade institucional, R$ 2 milhões e 400 mil. “Tais valores poderiam ser usados para necessidades sociais muito mais prioritárias, como a desinfecção e saneamento básico da vila de Alter do Chão”, argumenta o MP.
A ação foi ajuizada na quinta-feira, 12 de fevereiro, na 6ª Vara Cível, pelos promotores de justiça Tulio Chaves Novaes, Maria Raimunda Tavares e Luziana Dantas. Foi cadastrada com o número de processo 00012831620158140051.
Embora a análise de balneabilidade, que indica se a água é adequada para o banho, ainda não tenha sido concluída, o MP considera que os exames que atestam ser a água imprópria para o consumo, justificam o pedido de interdição, pois não há como garantir a não ingestão de certa quantidade de água pelos banhistas. “Não se pode, portanto, desvincular a potabilidade da balneabilidade”, ressalta.
CONTAMINAÇÃO: Os laudos apontaram, em coleta feita no dia 14 de janeiro pela Divisão de Vigilância Sanitária, resultado insatisfatório em quatro locais, com indicação positiva para a presença de coliformes fecais e E. coli na água da praia do Amor (próximo às barracas), praia do CAT(Centro de Atendimento ao Turista), Cabeceira do Macaco e bebedouro da escola municipal Antônio Sousa Pedroso.
Com relação aos casos de hepatite A, em 2014, foram 13 casos. E desde janeiro de 2015, oito casos foram comprovados e 11 estão em análise. O MP ressalta que a estatística refere-se somente aos casos oficialmente registrados.
O MP convocou representantes do poder público e outras instituições para tratar do assunto, no dia 6 de fevereiro. Dentre as secretarias municipais, esteve presente somente a de Turismo, embora tenham sido convidadas a de Meio Ambiente, Infraestrutura, Saúde, e o prefeito. A ação ressalta “a ausência até o presente momento de medidas efetivas para a descontaminação do local e prevenção de novos eventos contaminantes por parte da autoridade administrativa”.
Por outro lado, o município de Santarém gastou em 2014, com publicidade institucional, R$ 2 milhões e 400 mil. “Tais valores poderiam ser usados para necessidades sociais muito mais prioritárias, como a desinfecção e saneamento básico da vila de Alter do Chão”, argumenta o MP.