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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

O drama da falta de atendimento.

O drama da falta de atendimento (Foto: Janduari Simões/Arquivo)Segurando uma sombrinha na mão direita e a filha de 10 meses na outra, a dona de casa Elaine Jamile, 22 anos, foi embora da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Icoaraci, sem receber atendimento médico, na manhã de ontem. Com o semblante cansado, ela passou a madrugada preoupada porque sua filha chorava muito. “Ela está fraca. Chorou. Acho que é dor no estômago.”
Elaine mora no bairro do Castanheira, em Ananindeua. Ela foi para a UPA de Icoaraci às 6h30, mas, logo na sua chegada, se deparou com um aviso de que os médicos tinham feito paralisação de advertência. O motivo do protesto era, sobretudo, a falta de estrutura para atendimento ao público. “Eles (médicos) me disseram que só vão atender urgência. Agora vou ter de procurar outro local para levar minha filha.”
A doméstica Terezinha Ramos, 46 anos, acompanhava sua mãe, a aposentada Maria Ramos, 77, no PSM do Guamá, na manhã de ontem. Em uma cadeira de rodas, a idosa quase não tinha forças para falar, pois estava com cansaço no peito e febre. A paciente precisava ficar internada, mas, por falta de leito, teve de procurar outro hospital. 
No PSM do Guamá, idosa não consegue leito para ser internada. (Foto: Janduari Simões/Diário do Pará)
“Nós vamos procurar a Unidade da Pedreira. Ela precisa ficar sob cuidados médicos”, afirmou Terezinha. Pela falta de material para introduzir uma sonda, o aposentado Hélio Tavares Moura, 78, do município de Moju, corria o risco de não ser submetido ao procedimento. Com dificuldades para urinar, ele apenas foi medicado e aguardava a chegada do materialno PSM do Guamá.

(Roberta Paraense/Diário do Pará)

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