Quatro pessoas contratadas pela Norte Energia, empresa responsável pela
construção da Usina de Belo Monte (PA), foram liberadas de uma aldeia
indígena na Região de Curuaia, próximo ao Rio Curuá, nesta quarta-feira
(16).
Segundo a Funai, dois fiscais de obra, um agente de segurança de
trabalho e o piloto de uma aeronave, todos contratados pela companhia,
estavam impedidos de sair da Aldeia Curuatxé desde o dia 10 de março.
Eles estavam na aldeia para inspecionar obras realizadas pela Norte
Energia como compensação ambiental pela construção da usina. Os nomes
não foram informados. Eles serão levados para Altamira (PA) onde devem
chegar nesta quinta-feira (17).
De acordo com a Funai, a liberação ocorreu "após a Norte Energia
negociar a reconstrução de um novo poço artesiano e a reforma das casas
dos indígenas. Um caminhão com madeira e outros materiais de construção
já seguiu para área assim como uma balsa com equipamentos para a
perfuração de um novo poço". Para obter a licença ambiental, a Norte
Energia foi obrigada a implantar um conjunto de melhorias nas áreas
indígenas que seriam afetadas pela construção da hidrelétrica. Entre
melhorias nas cidades e nas áreas indígenas, os gastos estimados seriam
de R$ 4 bilhões.
Mas o programa indígena sofreu muitas críticas por pagar mesada aos
chefes indígenas, causando desagregação nas aldeias. Chamado de Plano
Emergencial, ele vigorou até 2012, e algumas aldeias chegaram a receber
R$ 30 mil mensais em produtos, entre eles picapes, televisões, entre
outros.
Fonte: DOL e (Folhapress)
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