Aconteceu na tarde de terça-feira (8), uma manifestação de moradores da
região do Maicá, contra a construção dos portos na região. Saindo da
sede Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (STTR), os
manifestantes seguiram pela BR-163 em passeata na direção do Sindicato
dos Estivadores de Santarém, com faixas e cartazes e o apoio de um trio
elétrico para chamar a atenção da sociedade sobre os impactos ambientais
e sociais que os planos do agronegócio podem trazer, prejudicando
centenas de famílias das comunidades do entorno do Lago do Maicá.
O evento aconteceu de forma pacífica e ao final da caminhada, os participantes ocuparam o cruzamento da Avenida Cuiabá com a Avenida Tapajós por alguns minutos, impedido a passagem de carretas que pretendiam desembarcar no Porto de Santarém. Palavras de ordem também forma dirigidas contra a empresa Cargill, instalada na área anexa ao porto da Companhia Docas do Pará (CDP), e que também é acusada de várias violações ambientais.
O evento aconteceu de forma pacífica e ao final da caminhada, os participantes ocuparam o cruzamento da Avenida Cuiabá com a Avenida Tapajós por alguns minutos, impedido a passagem de carretas que pretendiam desembarcar no Porto de Santarém. Palavras de ordem também forma dirigidas contra a empresa Cargill, instalada na área anexa ao porto da Companhia Docas do Pará (CDP), e que também é acusada de várias violações ambientais.
A manifestação teve apoio de entidades, organizações e coletivos como a Juntas Santarém (Ufopa), Fase, Terra de Direitos, Federação das Associações de Moradores e Organizações (Famcos), Pastoral Social, Conselho de Segurança da Grande Área do Maicá, Associação de Moradores do Bairro Pérola do Maicá, Coletivo Rosa de Liberdade e STTRs de Santarém, Mojuí e Belterra.
IMPACTOS AMBIENTAIS: Segundo os movimentos contrários à construção do Porto da EMBRAPS, os impactos ambientais na região são enormes e podem ser irreversíveis. O projeto atrairá muitos empreendimentos imobiliários provocando vários outros problemas como o desmatamento provocado pela ocupação desordenada da área que deveria ser destinada à preservação. “A questão dos portos do Lago do Maicá é algo agressivo e criminoso para a cidade de Santarém. Preocupa-me ver que tem pessoas em Santarém que estão aplaudindo a nossa própria desgraça, com o apoio de autoridades como o prefeito e os vereadores, que não avaliam o que já acontece em Altamira ou em Porto Velho, locais que estão sofrendo problemas ambientais graves por conta destes projetos executados sem estudo e consciência ambiental”, ressalta o Padre Edilberto Sena, ativista ambiental e representante da pastoral social da Diocese de Santarém.
Com a movimentação intensa de embarcações de grande porte, os peixes tendem a desaparecer do lago do Maicá, além de prejudicar o transporte de mercadorias das comunidades ribeirinhas que abastecem o mercado municipal de Santarém. Os impactos sociais também afetam a população, pois estas comunidades podem desaparecer. “É uma preocupação muito grande não só para as comunidades do Maicá como para as do ituqui também. É um projeto que tem como um dos objetivos extinguir comunidades e os pescadores vão sofrer muito com a construção do porto. A situação da comunidade é se organizar com as demais comunidades envolvidas para que a gente possa sensibilizar o povo para impedir este projeto”, declara Durval Garcia, pescador da comunidade São José do Ituqui.
Segundo os pescadores do Ituqui, que utilizam pequenas embarcações para o seu transporte, eles vão ser prejudicadas pelo fato de não poderem mais atracar na área e temem que a mudança na navegação do local interfira em suas atividades. “Estamos cientes do prejuízo que teremos. Além do impacto ambiental ainda tem a maior das dificuldades para nós que é a mudança de rota das nossas embarcações. Vai mudar todo o nosso caminho para a cidade porque eles vão encher a margem de embarcações grandes e nós que vamos estar em embarcações menores vamos ser impedidos de passar, tendo que rodar por fora e correndo o risco de sofrer alagação. Já existem muitas placas demarcando terreno por lá e as partes melhores partes para a gente atracar o nosso acesso já está sendo impedido”.
Fonte: RG 15/O Impacto
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