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terça-feira, 25 de outubro de 2016

Polícia Federal deflagra operação em Itaituba; prefeito eleito é alvo

"A PF cumpre 7 mandatos de prisão coercitiva e 1 de prisão preventiva e mais 7 mandatos de busca e apreensão".
A Polícia Federal deflagrou na manhã de hoje, 25, uma operação, denominada Deseduca, na cidade de Itaituba, oeste do Pará.
Um dos alvos é o prefeito eleito Valmir Climaco, do PMDB.
Climaco segundo informações se encontra em Brasília, onde, deve se apresentar para a PF. 
Ele foi eleito no último dia 2 com 50,06% dos votos válidos. Derrotou o tucano Ivan D’Almeida (20,91%) e Eliene Nunes (20,91%), do PSD, que tentava a reeleição.
A operação não é relacionada as eleições deste ano. Mas a uma ação civil pública contra o ex-prefeito que tramita desde maio de 2013 na Justiça Federal, por desvio de recursos públicos da Educação.
Outro alvo da operação da PF é Wagner Shigeiro Saita Mesquita, ex-genro de Climaco, também réu na ação, acusado de ser um dos controladores da empresa-mãe do esquema de corrupção, a Lobato e Araújo Comércio e Serviços.
Logo mais as 11h, será dada mais informações para imprensa, na sede da PF em Santarém, sobre a operação.

Viatura da PF em frente a casa de um dos investigados da Deseduca
Segundo a PF, ao todo estão sendo cumpridos 7 mandados de condução coercitiva, 1 mandado de prisão preventiva, 7 mandados de busca e apreensão e o sequestro e bloqueio de bens dos investigados no valor total de R$ 2.387.719,67.
Nas investigações, constatou-se que o esquema se iniciava com a fraude em licitações. As empresas vencedoras eram contratadas para executar obras para a educação, porém algumas foram feitas em partes e outras nem sequer foram iniciadas.
Um dos fatos que chamou a atenção da PF foi o pagamento de mais de 500 mil para uma das empresas no último dia de expediente bancário do último ano da gestão do governo de Valmir Climaco, que terminou em 2012.
A verba seria referente à reforma da Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental César Almeida I, que nunca foi feita. Os recursos desviados eram provenientes do Fundeb e FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação).
Os conduzidos prestarão depoimentos à Polícia Federal e serão indiciados por desvio de recurso público e associação criminosa.
Todo o material apreendido será analisado e periciado na busca de provas e evidências que confirmem os crimes e a ligação dos suspeitos aos fatos. A Polícia Federal ainda investiga outros contratos que totalizam cerca de 16 milhões de reais nos quais podem ter ocorrido outros desvios.
A operação foi batizada com este nome porque investiga amá gestão das verbas públicas destinadas à educação. Deseduca significa o processo inverso de educar, ou prejudicar a educação.
Com informações da PF e Blog do Jeso

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