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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Jader diz que denúncia contra ele é ‘coisa maluca’


Senador foi citado na delação de Fernando Baiano na Lava-Jato

— É uma coisa maluca. Não vejo Jorge há mais de 22 anos, ele tinha um contrato de saneamento com o governo do Pará, que foi mantido no meu governo e depois. É uma fantasia dizer que sou padrinho dele ou que o ajudaria — disse Jader.
Jader foi irônico ao comentar o depoimento de Baiano, apontado como operador do PMDB, de que ele, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), e o ex-ministro de Minas e Energia Silas Rondeau teriam recebido propina e por meio da mesma operação.
— Só faltou dizer que a gente participou de um jantar e que o jantar foi com velas — ironizou o senador.

Mais cedo, Jader fez um duro discurso na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) sobre o caso.
— Não vejo, no momento, outro jeito a não ser aguardar que o MP, a PGR, o Poder Judiciário possam esclarecer os fatos. Estou com a tranquilidade e posso vir aqui e dizer tranquilamente em relação a esse episódio que não há nenhum envolvimento da minha parte — disse Jader, na CCJ.
Irônico, o senador peemedebista disse que, se alguém recebeu dinheiro em seu nome, está lhe devendo.
— Não quero dizer que fui uma vestal ao longo da minha vida pública, que nunca recebi recursos para campanha. Até porque quero saber que político de longo curso nunca recebeu recursos para campanha. Mas, se alguém recebeu dinheiro da Petrobras e recebeu em meu nome, quero lhe dizer que espero que a apuração desse episódio informe efetivamente. Porque estou com crédito não recebido, apesar de ter sido um crédito não solicitado por mim — afirmou.
O senador voltou a afirmar que não conhece Fernando Bianao e que "nunca tinha ouvido falar nesse senhor".
Jader disse ainda que tem o "couro curtido", mas não tem "couro de jacaré". Ele lembrou as disputas com o também ex-presidente do Senado, senador Antonio Carlos Magalhães. O senador ACM presidiu o Senado de 1997 a 2001 e renunciou ao mandato acusado de ser mentor da violação do painel do Senado. Jader, em 2001, presidiu o Senado e se envolveu numa briga com ACM, que lhe custou o mandato. Em 2002, ficou preso por 11 dias.

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