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quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Familiares dos desaparecidos no acidente com rebocador decidem acionam a justiça

O advogado com familiares das vítimas decidiram acionar a justiça
Grande parte da embarcação está soterrada, dificultando o trabalho de içamento.
Devido ao não cumprimento de várias questões prometidas pelos envolvidos no plano de salvatagem do rebocador CXX que naufragou em Óbidos, oeste do Pará, em 2 de agosto de 2017, os familiares dos desaparecidos no acidente decidiram acionar a justiça. 

O advogado Isaac Lisboa fez um pedido de petição a 2ª Vara da Justiça Federal e aguarda um posicionamento do órgão. 
Ele afirma que o prazo de resgate já acabou, e que é preciso de uma solução. “O prazo para o resgate encerrou. Isso está no cronograma. Acreditamos que o resgate perdeu a validade. Inclusive, se eles alteraram o resgate sem anuência da Marinha, foi um procedimento totalmente ilegal. Os familiares estão no limite da dor, de suportar todo esse desgaste que vem se prolongando. São quatro meses que não temos uma solução”, ressaltou. 
As famílias questionam sobre o plano em execução, onde alertaram a Marinha, desde agosto que seria inadequado por conta das características do rio Amazonas. “Está registrado em ata que existia essa possibilidade, pela demora que eles estavam programando para fazer o resgate, de chegar no local e o empurrador estar totalmente soterrado. E está aí a resposta. Não levaram em consideração essa informação. E se levaram não se prepararam para isso”, disse Emerson Almeida, parente de um dos desaparecidos que faz parte da comissão dos familiares. 
Uma escavação está sendo realizada para poder dar início ao que está definido no plano de salvatagem. “Na nossa opinião, os técnicos subestimaram as condições do rio Amazonas. Acharam que o soterramento seria pouco, e que o sistema das garras poderia resolver. E não resolveu”, completou Emerson. 
Outro questionamento é sobre o acompanhamento diário dos familiares durante o trabalho de retirada do rebocador do fundo do rio. Eles alegam que não estão tendo apoio para o acompanhamento. Com isso, parte dos parentes estão na cidade de Óbidos, enquanto outra está em Santarém. O não cumprimento do bloqueio dos bens das empresas Smit e Bertollini que seria feito enquanto o resgate não fosse concluído também é outra questão não cumprida.
Blog do xarope com informações de Fábio Cadete, G1 Santarém

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