De acordo com informações fornecidas pela PM, cerca de 40 policiais militares estão recebendo medidas protetivas por serem ameaçados de morte.
No dia anterior à morte do sargento Miranda, outro militar havia registrado um boletim de ocorrência policial na Seccional Urbana da Cidade Nova, denunciando uma tentativa de homicídio.
O policial relatou que vem sofrendo ameaças de morte há algumas semanas por meio de redes sociais e que no fim da manhã de segunda-feira (21) foi seguido por homens que estavam em dois veículos, uma motocicleta e um carro preto, no bairro do 40 Horas, em Ananindeua, município que mais registra violência contra policiais neste ano.
O coordenador geral da Associação em Defesa dos Militares do Pará (Admipa), Luiz Passinho, observa a vulnerabilidade que os policiais militares, em especial os de baixa patente, sofrem no Pará. Dos 26 assassinados em 2018, apenas dois não se enquadram nessa categoria. São considerados de baixa patente soldados, cabos e sargentos.
E o descaso do Governo do Pará não encerra em baixos salários e falta de infraestrutura no trabalho. Passinho denuncia que os colegas que conseguem resistir a baleamentos, por exemplo, sofrem para se recuperar. “Se ele está hospitalizado, não recebe o ticket-alimentação. Depois, não consegue ter acesso aos remédios de forma adequada. Tenho colega que ficou com várias infecções depois do baleamento e precisa de ajuda dos amigos para comprar os medicamentos”, comenta.
Blog do Xarope com detalhes de Alice Martins Morais
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