O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) já chegou ao Senado, com a imagem comprometida no decorrer da chamada Operação Pororoca, ele foi preso pela Polícia Federal com mais 29 políticos, empresários e servidores públicos, acusados de integrar uma quadrilha envolvida em fraudes em licitações públicas.
Procurado ele não retornou a ligação para falar sobre a nova denúncia de que a sua empresa, a Engeplan, é uma das recordistas de sonegação do INSS na Região Norte. O gabinete de Flexa Ribeiro divulgou nota afirmando que ele não pertence mais à empresa desde 22 de dezembro de 2004.
O mesmo argumento foi usado por Antonio Carlos Pacheco, que se identificou ao Estado como sendo um dos diretores da Engeplan. Ele tentou rebater a acusação, dizendo que Flexa Ribeiro teria se licenciado da empresa para assumir o mandato de senador, dia 22 de dezembro de 2004. Ou seja, quando as investigações da Polícia Federal estavam praticamente concluídas.
Flexa Ribeiro assumiu a vaga de suplente aberta com a eleição de Duciomar Costa para a prefeitura de Belém em 2004. Sua posse, apesar da prisão, foi prestigiada, entre outros, pelo governador do Pará, Simão Jatene, e a pela presidente do Tribunal de Justiça do Estado. Na ocasião, ele disse que não foi "nem processado, nem incluído em nenhum inquérito".
Ribeiro segue à risca o modelo mais constante de suplente de senador, a do empresário que termina se envolvendo na política graças à capacidade de financiar campanhas. Alguns deles conseguem ganhar notoriedade e experiência para continuar na função, após serem eleitos. Mas no geral, eles se limitam a usufruir do restante do mandato, pelo qual pagaram a campanha, sem ter fôlego para seguir por conta própria na carreira política.
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