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sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Número de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti cai no Pará

Entre os procedimentos essenciais feitos pelas Secretarias Municipais de Saúde, estão as vistorias domiciliares por agentes de controle de endemias
O Pará registrou uma redução de 71% nos casos de dengue, 28% de febre chikungunya e 87% de zika, em relação ao mesmo período do ano passado, segundo o mais recente Informe Epidemiológico de 2018 sobre os casos registrados de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).
Até o momento, em 2018, foram contabilizados 1.445 casos de dengue, 4.969 de febre chikungunya e 41 confirmados de zika. Para as três doenças, não houve registro de mortes este ano. Por outro lado, no mesmo período de 2017 foram registrados 4.954 casos de dengue, 6.917 casos de chikungunya – incluindo sete óbitos - e 332 de zika.
As maiores ocorrências de dengue em 2018 estão nos municípios de Parauapebas (169 casos), Marapanim (165), Mãe do Rio (134), Belém (89), Novo Repartimento (89), Conceição do Araguaia (80), Redenção (68), Novo Progresso (60), Pacajá (52) e Pau D’Arco (43).
Os municípios com maior número de casos de chikungunya em 2018 são Belém (2.733), Marituba (1.050) Ananindeua (471), Tailândia (94), Marapanim (86), Castanhal (85), Paragominas (73), Parauapebas (68), Benevides (40) e Barcarena.
Os casos de zika foram confirmados nos seguintes municípios: Afuá (19), Belém e Conceição do Araguaia, com cinco cada; Benevides, Monte Alegre e Vigia, com dois cada, e Altamira, Jacundá, Marituba e Rio Maria, com um registrado cada.
Campanha – A Sespa informa que é sensível à campanha do Ministério da Saúde lançada nesta terça-feira, 13, mas ressalta que a mobilização leva em conta Estados, como Rio de Janeiro e São Paulo, quando o verão se intensifica entre os meses de novembro e março. No Pará ocorre o inverso: a campanha de intensificação contra o mosquito ocorre no auge do inverno, devido ao aumento das chuvas em janeiro, passando pelo período carnavalesco e se estendendo até início de junho, quando se instala o verão na Amazônia. 
Ocorre que a campanha do Ministério não interfere de forma alguma nas orientações permanentes que a Sespa fornece aos municípios: de que as secretarias municipais de Saúde informem, no período de 24 horas, a ocorrência de casos graves e mortes que podem ter sido causadas pelas doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.
Para confirmar a causa da morte é necessária a investigação epidemiológica, com aplicação do Protocolo de Investigação de Óbito do Ministério da Saúde, que prevê exames específicos em laboratórios credenciados, como o Laboratório Central (Lacen) e o Instituto Evandro Chagas (IEC), preconizados pelo Programa Nacional de Controle da Dengue. O procedimento garante o correto encerramento de casos graves e óbitos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
Monitoramento – As ações de combate às três doenças competem aos municípios, que devem cumprir metas. Entre os procedimentos essenciais feitos pelas Secretarias Municipais de Saúde, estão as vistorias domiciliares por agentes de controle de endemias.
Paralelamente, a Sespa faz o monitoramento nos 144 municípios, que receberam o incentivo do Ministério da Saúde para vigilância, prevenção e controle da dengue, e orienta as prefeituras sobre o uso correto de inseticidas (larvicidas e adulticidas).
A Secretaria de Saúde Pública também promove visitas técnicas aos municípios para assessoramento das ações do programa de combate à dengue, além de apoiar a capacitação para o atendimento de casos de febre chikungunya e zika.
Quando há necessidade, a Sespa faz o controle vetorial, como bloqueio de transmissão viral nas localidades, e articula ações com órgãos municipais de saneamento e limpeza urbana, tendo em vista a melhoria da coleta e destinação adequada de resíduos sólidos. Também são realizadas ações educativas e de mobilização, para incentivar a participação da população no controle da dengue.
Sintomas - Os vírus da dengue, chikungunya e zika são transmitidos pelo mesmo vetor, o Aedes aegypti, e provocam sintomas parecidos, como febre e dores musculares. Mas as doenças têm gravidades diferentes. A dengue é a mais perigosa, devido aos quatro sorotipos diferentes do vírus, causando febre repentina, dores musculares, falta de ar e indisposição. A forma mais grave da doença é caracterizada por hemorragias e pode levar à morte.
A chikungunya caracteriza-se principalmente pelas intensas dores nas articulações. Os sintomas duram entre 10 e 15 dias, mas as dores podem permanecer por meses, e até anos. Complicações sérias e morte são muito raras. Já a zika apresenta sintomas que se manifestam, no máximo, por sete dias.
A população também deve continuar combatendo possíveis criadouros do mosquito. Se houver dificuldade, as pessoas devem acionar os programas municipais de controle da dengue mantidos pelas prefeituras. As equipes de profissionais capacitados visitam as casas para inspecionar possíveis criadouros do mosquito, com o objetivo de eliminar os focos e orientar os moradores sobre prevenção e controle do Aedes aegypti.
Por Mozart Lira

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