Funcionários foram afastados. Denúncia foi feita por técnicos de segurança da prefeitura que investigavam o desaparecimento de um menino no litoral.
A prefeitura de Guaratuba, no Paraná, afastou funcionários que usaram câmeras de vigilância de forma completamente indevida.
O movimento revela um serviço que perdeu o foco. A câmera gira e vai para o outro lado da rua, onde fica um hotel. O operador procura um apartamento, ajusta a imagem e filma uma mulher de biquíni dentro do quarto. Em outro momento, as meninas brincam no triciclo sem saber que estão sendo vigiadas.
E o abuso continua durante à noite. A câmera se aproxima para espiar a moça de vestido que bebe com amigos. Na praia, o alvo são mulheres de biquíni. Dentro ou fora d’água, elas não escapam das câmeras indiscretas.
A denúncia foi feita por técnicos de segurança da prefeitura que investigavam o desaparecimento de um menino no litoral. Enquanto procuravam no sistema de imagens da cidade, deram de cara com o abuso.
“A gente sabe que uma imagem é uma coisa séria, pode ser utilizada para salvar vidas, para prender um criminoso, para eliminar um tráfico de drogas e não pra isso”, diz uma pessoa que não quis ser identificada.
A espiada indiscreta deixou turistas indignados. “É um absurdo...ter o dinheiro do contribuinte desviado dessa maneira”, afirma o turista Damião Benassi Jr.
A prefeitura de Guaratuba diz ter identificado os responsáveis pelas imagens. São quatro técnicos da Secretaria de Segurança Pública que foram afastados nesta quarta (28) dos cargos. A medida vale por 30 dias, e, segundo a prefeitura, o objetivo é impedir que esses servidores atrapalhem as investigações.
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