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sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Quem matou, e quem mandou matar a sindicalista Leila Ximendes?

“O quebra cabeça está sendo gradativamente montado e a qualquer momento o segredo será revelado”.  
Por Iromar Cardoso
O Ministério Público do Para denunciou três supostos matadores da petista Leila Cleópatra Ximendes, de 29 anos. O crime ocorreu no município de Rurópolis, no dia 1º de outubro, em plena campanha política de 2016, quando Leila descia a serra do leitoso, em sua motocicleta, numa clara emboscada.
O inquérito que apurava o referido assassinato foi iniciado pelo Delegado local Ariosnaldo Vidal e transferido para o delegado Silvio Birro, do núcleo de Inteligência da Policia Civil e consequentemente repassado ao MP e ao Juiz Local, trata-se agora de uma ação que corre em segredo de Justiça devido os envolvidos serem pessoas influentes no município, conforme foi apurado pelo Blog do Xarope.
Leila foi morta a facadas logo depois de sair de uma reunião de campanha política para o candidato Taká, que foi eleito naquele ano.
Dos três acusados apenas dois foram achados pela justiça na última segunda feira dia 07.  Desses três, um e o executor e os outros dois são os possíveis mandantes, que passam a ser réus no processo depois de dois anos de espera.
O acusado de desferir os golpes de arma branca que levaram a morte, mesmo a sindicalista tendo chegado com vida ao hospital, teve incluso um qualificador na denúncia, pois teria cometido crime mediante pagamento.
De acordo com as investigações do Blog do Xarope, a militante que era do STTR, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Rurópolis, teria se indisposto, bem antes de sua morte, com alguns “companheiros” de tendência política dentro do PT, e respectivamente do sindicato.
Embora a eleição pela presidência da referida entidade não tenha tido disputa, o desentendimento entre alguns integrantes da diretoria, referia se nesse fato: do provável desvio e uma possível ameaça de denúncia partindo de Leila. Essa polêmica, talvez, tenha sido o provável motivo de sua morte.
Ela tinha sido eleita no ano anterior, final de 2016, só no final deste ano de 2019, terminaria o mandato da respectiva diretoria com a sindicalista, como tesoureira.
Devido à demora da Justiça em concluir e ainda colocar sob segredo a devida ação, muitas conjecturas são feitas no sentido de desvendar esse mistério.
E ai, perguntamos: Porque o segredo de justiça? Será que e apenas porque os envolvidos são pessoas influentes politicamente no município? Ou apenas para evitar as tais conjecturas?  O que não faz sentido visto que a demora na conclusão do caso, a insatisfação da família que busca a Justiça pela perda de seu ente querido e as suspeitas que envolvem o assassinato direcionam muito mais curiosidade sobre os fatos.
E por isso que o Blog do Xarope se aprofundando nas investigações no sentido de desvendar esse segredo, foi informado que os possíveis mandantes do crime estiveram presentes no velório e ainda assinaram e fizeram manifestos contra o assassinato da “companheira Leila”.
Lista tríplice – A titular da Promotoria de Justiça em Itaituba, a Promotora Mariana Cavaleiro de Macêdo Dantas, responde interinamente pela PJ de Rurópolis, autora da ação penal contra os supostos responsáveis pela morte da sindicalista aguarda apenas que seja definido um dos nomes da lista tríplice que vai substituí-la para deixar a cidade de Rurópolis e retornar a Itaituba, onde é titular. 
Os nomes cogitados são:
Rafael Trevisan Dal Bem; Bruno Fernandes Silva Freitas, e Aline Neiva Alves da Silva.
A Promotoria em questão denunciou os três acusados por homicídio qualificado, ou seja, crime hediondo, pelo fato do executor matar a sindicalista mediante promessa de recompensa e em emboscada, sem chances de defesa para vítima. 
Os mandantes também foram enquadrados nesse tipo de crime e se condenados, eles podem ser penalizados em até 30 anos de prisão.
O juiz que está à frente do caso é Odinandro Garcia Cunha.
 

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