A Auditoria Geral do Estado (AGE) protocolou Representação Criminal no Ministério Público Estadual (MPPA) e na Polícia Civil para que seja investigada a participação do ex-governador Simão Jatene e de ex-secretários no programa Asfalto na Cidade. Jatene é apontado como “líder” de uma “organização criminosa” que teria “saqueado” os cofres públicos, através do programa, ao longo de quase oito anos. Se for comprovado, ele pode ser condenado e preso. A AGE também pede investigação e punição dos ex-secretários estaduais de Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas Ruy Klautau, Pedro Abílio Torre do Carmo e Noêmia Jacob; dos proprietários das construtoras Leal Junior, Rodoplan e JM Terraplanagem e de dois engenheiros da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas (Sedop), José Bernardo Pinho e Raimundo Almeida.
Segundo a AGE, a prisão dos acusados é necessária para evitar a destruição de provas e a fuga dos envolvidos nos supostos crimes.
No ano passado, o Asfalto na Cidade consumiu mais de R$ 369 milhões, na maior farra de asfalto já vista no Pará, em um ano eleitoral. Há suspeitas de superfaturamento, obras fantasmas, corrupção, pagamento de propinas, improbidade administrativa e caixa dois. As supostas irregularidades levaram à suspensão do programa, neste ano, por determinação da Sedop e da AGE, que abriu uma investigação sobre o caso, que também é investigado pelo Ministério Público
Estadual (MPPA).