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domingo, 3 de maio de 2020

Sinal de tempos sombrios: Um descontrole até com a devida atenção aos mortos

No hospital Abelardo Santos, que Simão Jatene construiu e o Helder Barbalho inaugurou como se fosse seu, o que a gente vê é o absurdo de tentar enterrar uma pessoa como se fosse outra. E não se vê ninguém do governo Helder Barbalho, nem o secretário Alberto Beltrame, se pronunciar sobre essa balbúrdia.
Uma família quase enterrou o corpo de um homem desconhecido ao ser informados sobre a morte de uma idosa que estava internada no Hospital de Campanha Abelardo Santos, em Icoaraci.
Bruno Andrade, neto da mulher, quando o corpo foi entregue, ele estava velado e os funcionários do hospital não deixaram a família reconhecer o corpo por causa do risco de contaminação por coronavírus.
Ao chegar no velório, a família decidiu abrir o caixão, e encontrou o corpo de um homem desconhecido.
Eles acionaram o hospital e o corpo foi levado de volta para a unidade. Bruno também seguiu para o local e conta que precisou olhar mais de 30 corpos na procura tentar encontrar a avó.
Horas depois foi descoberto que Dona Maria, 69, estava viva, se recuperando em um dos leitos do hospital. Com o crescimento de mortos pelo coronavírus, o sistema de saúde do Pará está saturado e casos como o da avó de Bruno tem se repetido com frequência.
O sistema de verificação de óbitos do Pará informou que, por semana, em média, recebe 56 pedidos de remoção, sendo cinco por síndromes respiratórias agudas.
Na semana passada, o serviço recebeu 305 pedidos de remoção, 120 por síndromes respiratórias agudas, 24 vezes mais.
Segundo o último boletim da Secretaria de Saúde do Estado (Sespa), no Pará há 3.720 casos confirmados de covid-19, 1.814 casos recuperados, 306 óbitos, 453 casos em análise e 2.246 casos descartados.
Por Roma News

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