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quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

Acusado de matar colega, ex-vereador João Riso é preso em Anapu

João Batista, o "João Riso" de bonê, foi preso em um hotel de Anapu e trazido para Marabá. Segundo as investigações, o ex-presidente da Câmara é envolvido em pistolagem.

Diante dos fatos, a Polícia Civil indiciou e representou a prisão preventiva de três pessoas, sendo elas: o ex-secretário de administração da gestão anterior, Osvaldilon Luis dos Santos, conhecido como Osvaldo, do ex-presidente da Câmara dos Vereadores de Anapu, João Batista Brito Sousa, conhecido como João Riso, que são apontados como mandantes do crime. Além disso, a polícia concluiu que o crime foi executado por Laurinei de Freitas Ramos, que é funcionário da prefeitura de Anapu.
João Riso foi preso em um hotel de Anapu e trazido para Marabá. Segundo as investigações, o ex-presidente da Câmara pode estar envolvido em pistolagem.
A Polícia Civil prendeu nesta quarta-feira (20), João Batista Brito de Sousa, conhecido como “João Riso”. Ele é ex-vereador por três mandatos, inclusive foi presidente da Câmara Municipal de Anapu. “João Riso” responderá pelo crime de homicídio qualificado, ocorrido em dezembro de 2019, tendo como vítima o conselheiro tutelar daquele município, Paulo Anacleto, de 51 anos, que também era ex-vereador daquele município.
A prisão se deu depois de troca de informações, em que a polícia constatou que “João Riso” estava em um hotel no município de Marabá, momento em que a equipe policial dirigiu-se até o local e, após vigilância controlada, ele foi encontrado no saguão do estabelecimento e, sem oferecer resistência, recebeu voz de prisão.
A vítima Paulo Anacleto, conselheiro tutelar e ex-vereador, por dois mandatos, foi assassinado na praça do centro da cidade no dia 9 de dezembro de 2019. Na ocasião do crime, testemunhas relataram que a vítima estava em um carro quando uma dupla armada, em uma moto, disparou diversas vezes. Paulo morreu na frente do filho.
Além de “João Riso”, foram indiciados pelo crime, entre outros, um ex-secretário municipal, um fazendeiro e um ex-policial militar, tendo em vista a ligação entre eles, constatada durante as investigações que apontaram para o crime de pistolagem.
Por outro lado, a Polícia Civil ainda não esclareceu o que exatamente liga “João Riso” ao assassinato de Paulo Anacleto, tampouco há informações até o momento sobre a motivação do crime. Até mesmo por conta disso, existem algumas especulações na região. O acusado não quis falar com a Imprensa.
Sobre os fatos
Paulo Anacleto tinha ligação com dois sindicatos de mototaxistas do município de Anapu, onde um dos sindicalizados, Márcio Rodrigues dos Reis, 33 anos, foi morto no dia 4 daquele mesmo mês de novembro de 2019, após sair com um passageiro. O corpo do mototaxista foi encontrado no município de Pacajá, onde o inquérito policial investiga o caso até os dias de hoje.
A vítima era a principal testemunha de defesa do padre José Amaro Lopes de Sousa, considerado o sucessor da missionária Dorothy Stang, assassinada em 2005, em Anapu, a mando de fazendeiros da região.
Considerado polêmico, determinado e de opinião forte, Paulo Anacleto cobrava Justiça para o caso do mototaxista Márcio Rodrigues. Uma fonte do município disse à reportagem que o ex-vereador chegou a denunciar algumas pessoas consideradas suspeitas por ele como mandantes do crime e depois acabou assassinado. (Chagas Filho colaboraram Evangelista Rocha e Antônio Barroso/freelancer).


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