O Pará é o estado com maior registro de internações por derrame cerebral na Região Norte
A covid-19 é uma doença que apresenta um espectro clínico variando de infecções assintomáticas a quadros graves e as sequelas podem ser duradouras. Além das mais de um milhão e 300 mil pessoas mortas pelas no mundo, outros problemas também merecem atenção da população. Entre eles, o aumento em número de acidente vascular cerebral (AVC) na pandemia, apontado por especialistas.
Estudos comprovam que a quantidade de AVC durante o período de isolamento social. O Pará é o estado com maior registro de internações pela implicação na Região Norte, com cerca de 60%, de acordo com o Ministério da Saúde. Só no ano 2020, aproximadamente 1.900 paraenses sofreram derrame cerebral no Pará. A fisioterapeuta Paula Cals explicou mais sobre o caso.
“O AVC é o acidente vascular cerebral ou derrame cerebral, como é popularmente chamado. O AVC é uma condição onde há uma alteração do fluxo sanguíneo no cérebro com a interrupção do fornecimento de oxigênio. Esse oxigênio está presente no sangue. Esta interrupção causa a morte das células cerebrais na região afetada e ele pode ser de dois tipos. Ele pode ter um acidente isquêmico ou hemorrágico. O isquêmico ocorre quando, por exemplo, se desloca na corrente sanguínea um trombo. E o hemorrágico é quando micro coágulos se formam e acabam rompendo o cérebro levando a uma hemorragia” destacou.
Ainda segundo a profissional, a contribuição do fisioterapeuta funcional é muito importante para o tratamento da implicação. “ O paciente que sofreu AVC vai apresentar sequelas motoras. Essas sequelas levam a perda de funções como andar, fazer higiene pessoal, se alimentar. E o que causa isso é uma fraqueza da musculatura, geralmente de um lado do corpo”, afirma Paula Cals.
E não custa lembrar que ocupar o tempo com leituras, atividades físicas, atividades manuais ajudam a manter o equilíbrio emocional no combate à doença, é o que afirma a fisioterapeuta.
“É por isso que é muito importante iniciar o quanto antes a fisioterapia, já no hospital, para que possa ser treinado o equilíbrio do paciente, a transferência dele, da posição deitada, sentado, em pé, isso a gente já pode ir treinando no hospital, e depois ser acompanhado em casa também. Essas alterações motoras trazem um prejuízo muito grande social e psicológico ao paciente, porque ele deixa de participar do convívio social dele. Muitas vezes deixa de trabalhar, deixa de ficar entre a família, entre os amigos e isso traz um problema psicológico muito grande. Por isso, o quanto antes o paciente começar a fazer fisioterapia, recuperar seus movimentos e torná-los o mais próximo possível de independência e funcionais, mais rápido o paciente vai voltar a esse convívio social”, afirma Paula Cals.
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