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quinta-feira, 8 de julho de 2021

Leilão da BR-163, uma batalha que move interesses bilionários

Gargalo - Fila de caminhões carregados de soja em trecho sem asfalto na BR-163, que liga Mato Grosso aos portos do Pará 

Leilão que aposta no escoamento de safra pelos portos do Pará enfrenta resistência de ambientalistas e lobby de transportadores na rota de Santos
Nesta quinta, Tarcísio de Freitas volta a São Paulo para mais um leilão de infraestrutura na B3. A nova temporada de ativos de transportes começa com a concessão da BR-163 entre Sinop (MT) e Miritituba.
O trecho tornou-se conhecido no país por ser um longo atoleiro para caminhoneiros, mas foi completamente pavimentado na gestão de Jair Bolsonaro, com a ajuda do Exército.
O leilão da 163, no entanto, esconde algo maior para os planos de logística do governo. A aposta no Arco Norte, linha imaginária no Paralelo 16° S onde tudo que é produzido acima tem maior competitividade.
Por causa dessa mudança, o leilão tem sido objeto de grande movimentação nos tribunais. Na semana passada, a Justiça Federal no Pará concedeu uma liminar suspendendo o processo após um pedido do Ministro.
O Governo trata o leilão da BR-163 como uma pequena prévia do que deve ocorrer com a Ferrogrão, a ferrovia que é a joia do programa de concessões do ministro Tarcísio e que percorre o mesmo traçado da rodovia.
Como o Radar já mostrou, a construção da ferrovia é alvo de bombardeio do poderosos interesses privados no setor de logística.

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