Foi sancionada na segunda-feira (4) em Santarém, oeste do Pará, pelo prefeito Nélio Aguiar, a Lei nº 21.490 que declara os Catraieiros de Alter do Chão como Patrimônio Histórico e Cultural Imaterial do município. Os profissionais que levam os banhistas às águas quentes do Rio Tapajós, fazem parte da identidade local.
Os catraieiros são trabalhadores que realizam o transporte de pessoas em catraias (canoas a remo), da Orla de Alter do Chão para a Ilha do Amor e vice-versa. No período do Sairé, as pequenas embarcações são enfeitadas e fazem uma bonita procissão fluvial.
Os trabalhadores vivenciam o sobe e desce das ondas do Rio Tapajós e dependem do rio para realizar um trabalho que para eles é de fundamental importância para sua sobrevivência, como fonte de renda.
O serviço dos catraeiros é mais procurado no período em que os rios ainda estão baixando e as faixas de areia na Ilha do Amor ainda estão pequenas. No verão mais intenso, quando o nível do rio baixa, muitos dispensam as catraias para fazer a travessia a pé ou a nado, atitudes arriscadas que podem resultar em acidentes.
No inverno amazônico, quando as barracas da Ilha do Amor ficam cobertas pela água do rio, as catraias ficam atracadas junto à Orla de Alter do Chão e pouco têm uso.
Início do processo
O pedido de consideração do registro das matrizes tradicionais dos catraieiros foi aprovado pela Câmara Municipal de Santarém no dia 21 de março de 2022. Esse pedido foi antecedido por intensa mobilização de diferentes figuras ligadas a organizações públicas e privadas para aprovação do Projeto de Lei.
com informações G1 SANTARÉM
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