Um assessor e um ex-assessor do vereador bolsonarista Gabriel Monteiro (PL) afirmaram em depoimento à polícia que o parlamentar teria forjado um ataque a tiros em carro durante um compromisso na zona norte do Rio. A informação é do jornal O Globo.
Em depoimento realizado no ano passado, o cinegrafista Robson Coutinho da Silva e o ex-editor Heitor Monteiro declararam que um carro da comitiva do parlamentar havia sido atingido por disparos.
Dois dias antes, Robson já havia prestado outro depoimento alegando a existência da farsa. Quando questionado sobre a sua ida à delegacia, o assessor confirmou que compareceu a pedido do deputado Giovani Ratinho, que o acompanhou à delegacia.
Em suas declarações, Robson revelou que o carro da comitiva, que pertencia a ele, apresentava uma “pequena perfuração”, causada por um acidente envolvendo uma bicicleta.
“Não foi tiro. Mas, quando chegou na delegacia, eu fui buscar um lanche e voltei, o Gabriel já estava dando entrevista e falando que o carro tinha sido alvejado”, declarou o assessor, que teme represálias por parte do parlamentar.
O ex-assessor Heitor Monteiro também confirmou os fatos narrados por Robson.
“Não tinha tiro. Eu posso afirmar. Ele pediu pra gente falar que teve tiros”, disse o ex-assessor, que também acusa o vereador de assédio sexual.
Ainda de acordo com o jornal, Vinícius Hayden Witeze também prestou depoimento sobre o caso e relatou que foi orientado pelo parlamentar para buscar vídeos que pudessem ser usados para incriminar o deputado Gustavo Schmidt.
Segundo o relato, “a mando de Monteiro criou uma equipe de P2 (informantes) para investigar desafetos”.
“No ano passado, eu levantei a vida do deputado Gustavo Schmidt. Eu fiz relatório e tudo. Eu e outros três funcionários. A gente ia atrás dele. Íamos a festas e tal. Monitoramos ele durante um mês. Tudo isso posso provar”, disse Vinícius ao jornal.
O parlamentar é acusado de usar servidores públicos da Câmara dos Vereadores para fins pessoais. Segundo o Ministério Público fluminense, Gabriel Monteiro utilizava os assessores para produzir vídeos para as redes sociais pessoais do vereador.
Em sua defesa, ele afirmou que os serviços de produção eram pagos à parte, no entanto, os funcionários informaram que os pagamentos eram feitos pela Câmara.
Além do MP, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara também investigam os mesmos fatos. Caso fique comprovada a situação, ele poderá responder por improbidade administrativa.
Além disso, o vereador também é investigado por diversos outros crimes incluindo estupro, constrangimento infantil e tentativa de suborno.
com informações CARTACAPITAL
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