Um procedimento administrativo instaurado pelo Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), por meio da 3ª Promotoria de Justiça de Santarém, vai apurar denúncias feitas por detentos do Centro de Recuperação Agrícola Silvio Hall de Moura (CRASHM), na comunidade de Cucurunã, em Santarém, no oeste do Pará, que teriam sido baleados por agentes penais, no ano passado.
A suposta violência praticada contra os detentos custodiados na unidade prisional em Santarém é alvo do procedimento administrativo nº 007/2022-MP/3ªPJ, instaurado no último dia 12 de maio.
O caso chegou ao conhecimento da promotora de Justiça Dully Sanae Araújo Otakara, titular da 3ª Promotoria de Justiça de Santarém, por meio de uma denúncia feita por e-mail de que os apenados Olavo Henrique Quintas Trindade, Darlan Freitas Conceição, Aldilan Ferreira Melo e um interno identificado apenas por ‘Weslen’ teriam sido vítimas de baleamento.
A portaria baixada pela promotora Dully Sanae Araújo Otakara prevê que será acompanhada a atuação da direção do CRASHM nas diligências de apuração da informação de que os apenados teriam sido baleados durante ação dos agentes penais.
Conforme apurou o Portal OESTADONET, o detento Paulo Roberto da Silva Serique, do pavilhão 4 e que cumpre pena no regime semiaberto, teria testemunhado a ação e relatou a agressão contra os internos e que, segundo o depoimento dado por ele à promotoria, teria ocorrido durante o plantão de um agente penal identificado por ele como 'Gonçalves'.
Segundo ele, no dia em que os presos foram baleados, todos estavam na hora do almoço quando os agentes teriam entrado atirando. "O Olavo levou três tiros. Eles entraram atirando do nada. Estava todo mundo sentado. Foi um monte de tiro, pegando nos meninos que estavam sentados. Olha, eles estão tirando a comida e o café nos meninos que vem do semiaberto”, contou em depoimento a testemunha.
Em ofício encaminhado na última quarta-feira (18), a promotora Dully Sanae Araújo Otakara solicitou ao coronel Tarcísio Costa, diretor do Pólo Penitenciário de Santarém, informações sobre o procedimento adotado pela direção da casa penal em relação às denúncias de violência contra os internos e se houve, por exemplo, registro de ocorrência e demais providências adotadas diante das graves acusações.
O diretor tem prazo de sete dias para responder à solicitação da promotoria
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Participe do Blog do Xarope e deixe seus comentários, críticas e sugestões.