MPPA manda Darci explicar “maior costelaço do mundo”

A farra foi realizada durante 34º aniversário de Parauapebas. Mais de 20 mil quilos de costelas foram assadas na festança a lá império Romano, que apaziguava a massa com pão e circo

O Ministério Público do Pará (MPPA) deu prazo de 10 dias para o prefeito Darci Lermen explicar o maior ‘costelaço do mundo’, já que o churrasco era só de costela. Em ofício enviado ao prefeito, o promotor de Justiça Mauro Messias, titular do 4º Cargo de Parauapebas, solicita esclarecimentos sobre a gastança em celebração ao 34º aniversário de Parauapebas, que incluiu o “maior churrasco do mundo” e show de mais de R$ 450 mil.

No ofício, o promotor deu prazo de 10 dias úteis para que sejam detalhados o valor da festa e os pagamentos efetuados. O promotor pede cópias dos procedimentos administrativos que embasaram os empenhos, liquidação e pagamento para a realização da festa romana.

Também no ofício, Mauro Messias detalha que, em acaso de omissão em fornecer as informações requeridas, o MPPA poderá abrir um Procedimento Preparatório, Inquérito Civil ou Procedimento Administrativo contra Lermen. Além do churrascão de costela, Darcir também sambou na cara do contribuinte, ao bancar shows com valores acima dos valores de mercado.

Esse foi o caso dos valores pagos as irmãs Maiara e Maraisa, cujos shows estão avaliados em R$ 300 mil e receberam R$ 453.500,00 , e Leo Magalhães, que tem show estimado em R$ 180 mil, mas recebeu R$ 230 mil na Capital do Minério.

A gastança na terra do ferro também gerou críticas, principalmente porque muita gente está vivendo em situação financeira difícil em Parauapebas, onde muitos vivem em situação de extrema pobreza, e pela cidade está com as ruas em situação deplorável.

Para o churrasco, já foi encontrado doador. Vamos ver se haverá doador também para os shows. Vale ressalta que Darci e seu vice, João do Verdurão, estão cassados pela Justiça Eleitoral por uso de Caixa 2 em suas campanhas. Caso mantida a cassação, haverá outra eleição em Parauapebas.

Diante desse quadro, se apela à política do Império Romano de pão e circo, onde migalhas (pão e trigo) eram fornecidas gratuitamente à população e havia espetáculos públicos em arenas com gladiadores, para entreter a população, fazendo com que não ficassem revoltados com o seu desemprego e demais problemas sociais. Aqui, talvez, para não ver o dinheiro voando e a cidade só buraco. (Com informações do Native News Carajás)