Pelo menos 14 pessoas morreram devido ao naufrágio de uma embarcação na ilha de Cotijuba, em Belém, Pará, na manhã desta quinta-feira (8). Trinta pessoas foram resgatadas com vida.
A estimativa é que 26 pessoas estejam desaparecidas, mas o governo ainda tenta confirmar se na embarcação estavam 70 ou 74 pessoas.
A informação é da Arcon (Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos do Estado do Pará), que está no local com o Corpo de Bombeiros e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência.
Em nota, a Prefeitura de Belém disse que a embarcação provavelmente estava fugindo da fiscalização da Agência Distrital de Outeiro, órgão que representa o Executivo municipal na ilha.
A Marinha do Brasil, também por meio de nota, disse que a embarcação, tipo lancha, partiu do município de Santa Cruz do Arari, na Ilha do Marajó (PA), rumo a Belém (PA), na manhã desta quinta (8).
“Equipes de Inspetores Navais da Capitania dos Portos da Amazônia Oriental (CPAOR) e do Aviso Hidroceanográfico Fluvial ‘Rio Xingu’ estão realizando buscas no local”, diz.
A Capitania dos Portos irá instaurar inquérito administrativo “para apurar as possíveis causas e responsáveis pelo ocorrido”, diz a nota.
A embarcação teria começado a naufragar por volta das 7h30, quando diversos passageiros começaram a entrar em contato com familiares para relatar que a casa de máquinas da embarcação estava submergindo.
Por volta das 10h, o barco teria começado a afundar. Às 10h30, os resgates iniciaram com ajuda dos moradores.
Diversos ribeirinhos da região utilizam barcos próprios para levar os passageiros até a faixa de areia das praias da Saudade, Vai Quem Quer, Praia Funda e Praia do Amor.
“Fui uma das últimas a me jogar, não tive tempo de colocar o colete. Quando eu me joguei (na água), uma mulher me puxou por aqui (pelo pescoço). Tentei puxar ela…”, afirma uma das passageiras, em vídeo divulgado nas redes sociais, lamentando não ter conseguido salvar outra mulher que estava na embarcação.
Porto clandestino
Moradores organizaram um espaço em um ginásio da ilha para acolher os sobreviventes, enquanto parte da população leva doações de medicamentos, comida e vestimentas, já que a maioria dos sobreviventes chegou apenas com roupas íntimas.
No início da tarde, a Arcon confirmou que a embarcação partiu de um porto clandestino localizado em Camará, na ilha do Marajó. O órgão também afirmou que já havia notificado a empresa responsável antes e que um documento foi enviado no dia 3 de agosto pela entidade, solicitando apoio para coibição do serviço e fiscalização da Capitania dos Portos da Amazônia Oriental.
Em 2017, outro naufrágio no interior do Pará deixou 23 mortos. Dois dias depois, outro acidente semelhante ocorreu na ilha de Itaparica (BA), com 18 vítimas fatais.
Com informações da FSP
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