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segunda-feira, 23 de maio de 2022

Justiça declara fim da pena de prisão de Reginaldo Campos

Vereador Reginaldo Campos de Santarém 











Chegou ao fim nesta segunda-feira (23) a pena de prisão de Reginaldo Campos, ex-vereador de Santarém (PA).
Hoje a Justiça declarou oficialmente que o político cumpriu a pena de 2 anos de prisão domiciliar.
A decisão é do juiz Rômulo Nogueira de Brito, da 2ª Vara Criminal de Santarém. Reginaldo passará a cumprir terceira e última etapa de sua condenação, desta vez em regime aberto.
Ele fez delação premiada, homologada pela Justiça no final de janeiro de 2018. Ficou acertado à época que Reginaldo devolveria cerca de R$ 1,1 milhão em bens imóveis por ele adquirido quando foi presidente da Câmara de Vereadores (2015/2016).
E mais: cumpriria pena de prisão de 2 anos e meio em regime fechado, 2 anos em domiciliar e mais 2 anos em regime aberto.
Além disso, em decisão também nesta segunda-feira, o juiz o autorizou a viajar para Belém (PA), de 30 deste mês a 14 do próximo, para que possa comparecer ao quartel do Comando-Geral da Polícia Militar do Pará, a fim de apresentar exames médicos, “como meio de atender convocação de retorno às atividades laborais” na corporação.
Filiado ao PSC, Reginaldo confessou os crimes imputados na denúncia do MPPA contra ele, no âmbito da Perfuga, revelando detalhes de como ocorriam, além de outros delitos. A delação foi homologada pelo juiz Rômulo Nogueira de Brito.
Vereador por mais de 13 anos em Santarém, Reginaldo da Rocha Campos tem 53 anos. No biênio 2015/2016, à frente da presidência da Câmara, montou montou um esquema criminoso de desvio de dinheiro público no âmbito da Casa, em benefício próprio e de outros servidores ali lotados.

Empresa aérea santarena suspeita de prestar serviço a garimpo ilegal tem contrato com a Funai

Pista da empresa Piquiatuba em Santarém 













BRASÍLIA(O Globo) - Fundada por um empresário acusado de ser dono de garimpos ilegais no Pará, a Piquiatuba Táxi Aéreo assinou contratos com o governo federal que, somados, chegam a R$ 16,1 milhões. Um deles foi firmado com a Funai para levar agentes e produtos como remédios a territórios indígenas. Mas, segundo o Ministério Público Federal, aviões da empresa também foram usados para transportar garimpeiros e alimentos a áreas de exploração ilegal na Amazônia.
A Funai contratou os serviços da Piquiatuba em julho do ano passado, por R$ 500 mil. Antes, a partir de 2019, a Secretaria Especial de Saúde Indígena firmou seis contratos com a mesma empresa, cinco com dispensa de licitação, justificada pela pandemia de Covid-19. O maior deles, de R$ 8,6 milhões, foi para atender aos ianomâmis, em Roraima, uma das etnias mais ameaçadas pelo garimpo ilegal.
Operação em 2020
O acordo com a Funai prevê o uso por até 100 horas de dois aviões para atender às demandas da Coordenação da Frente de Proteção Etnoambiental Cuminapanema, no norte do Pará. A frente é responsável por fiscalizar a mesma área onde fica o garimpo do Limão, cujo ouro, segundo o Ministério Público Federal, foi explorado ilegalmente pelo fundador da Piquiatuba, o empresário Armando Amâncio da Silva [ já falecido]. Uma investigação apontou que aviões da empresa fizeram pelo menos 182 voos entre 2015 e 2018 à região.
Amâncio morreu em 2020 de câncer, dias depois de uma operação da Polícia Federal ter apreendido 44 quilos em barras de ouro em um cofre em sua casa, em Santarém. O ouro foi avaliado em quase R$ 15 milhões. De acordo com a PF, foi retirado da Reserva Biológica Maicuru.
As investigações apontaram que foi desta terra indígena no Pará que Amâncio extraiu a fortuna que o levou a se tornar empresário de aviação. Os filhos do empresário comandam a Piquiatuba atualmente.
O advogado Paulo Emílio Catta Preta, que defende os donos da empresa, nega que a Piquiatuba preste serviços a garimpeiros e reforçou que os aviões são utilizados exclusivamente para o transporte de pacientes e de servidores da Funai. Mas em uma investigação aberta pela própria fundação, em conjunto com o Exército, indígenas disseram ter reconhecido um aparelho da empresa de táxi aéreo como o mesmo que foi usado por garimpeiros em atividade nas regiões dos rios Mucajaí e Couto Magalhães, que atravessam o território ianomâmi em Roraima.
Sem pesquisa de sócios
Segundo relatório do caso, ao qual o GLOBO teve acesso, em agosto de 2019 um avião da Piquiatuba aterrissou na aldeia Sikamabiú, enquanto militares interrogavam mulheres da comunidade sobre o garimpo ilegal. “Pousou hoje, por volta de 10:00h um avião do tipo PT contratado da SESAI, para trazer e levar pessoal e material. Nos foi informado que esta empresa de transporte aéreo é nova (foi contratada recentemente) e a comunidade indígena de Sikamabiú afirma que esta mesma empresa faz transporte logístico para os garimpos da região. A aeronave foi identificada com o prefixo: PR-BAP, de cores branca e azul. O nome da empresa é Piquiatuba”, diz o relatório.
O Ministério da Justiça, pasta a qual a Funai é vinculada, afirmou que, antes da contratação da Piquiatuba, “foram consultadas todas as certidões públicas vinculadas à empresa”. Mas as buscas não incluíram pesquisa sobre os sócios, “o que inviabiliza a informação a respeito da investigação dos empresários”.
“Não compete ao órgão a realização de investigações criminais de empresários supostamente vinculados às empresas contratadas pela Administração Pública”, informou o ministério.
Com 17 aviões e lucro de R$ 1,2 milhão, a Piquiatuba transportou de março de 2019 a fevereiro deste ano insumos, servidores, pacientes e cargas perigosas a comunidades indígenas de Roraima, Amazonas e Amapá. O Ministério da Saúde informou que, no momento da assinatura do contrato, a Piquiatuba “cumpria todos os requisitos legais”.


Detentos teriam sido baleados dentro da penitenciária de Santarém; agentes prisionais são denunciados


Um procedimento administrativo instaurado pelo Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), por meio da 3ª Promotoria de Justiça de Santarém, vai apurar denúncias feitas por detentos do Centro de Recuperação Agrícola Silvio Hall de Moura (CRASHM), na comunidade de Cucurunã, em Santarém, no oeste do Pará, que teriam sido baleados por agentes penais, no ano passado.
A suposta violência praticada contra os detentos custodiados na unidade prisional em Santarém é alvo do procedimento administrativo nº 007/2022-MP/3ªPJ, instaurado no último dia 12 de maio.
O caso chegou ao conhecimento da promotora de Justiça Dully Sanae Araújo Otakara, titular da 3ª Promotoria de Justiça de Santarém, por meio de uma denúncia feita por e-mail de que os apenados Olavo Henrique Quintas Trindade, Darlan Freitas Conceição, Aldilan Ferreira Melo e um interno identificado apenas por ‘Weslen’ teriam sido vítimas de baleamento.

SERVIDORA PÚBLICA E SUA COMPANHEIRA SÃO ACUSADAS DE MAUS-TRATOS EM CANAÃ

























Vítimas foram encontradas com inúmeros hematomas.
A servidora pública Daiane dos Reis Silva e sua companheira, Karla Márcia Gomes Correia foram presas no final da manhã deste sábado, 21, por uma equipe de investigadores da Polícia Civil de Canaã dos Carajás, que recebeu a denúncia de que as duas estariam praticando do crime de maus-tratos
As vítimas são duas crianças, uma de seis e outra de quatro anos de idade filhas biológicas de Daiane que, segundo o pai das menores, estariam sendo agredidas pela mãe e pela companheira da mãe.
Valdemar, que reside na capital paraense, recebeu a informação de pessoas próximas de que suas filhas estavam sendo torturadas pelo casal. Ao chegar na cidade, o pai procurou imediatamente a Delegacia para registrar a denúncia. As autoridades se deslocaram até o endereço das suspeitas e encontraram as duas meninas com hematomas por todo o corpo.
A mãe e a companheira foram presas e encaminhadas para a Delegacia de Polícia Civil, onde foram ouvidas e liberadas.
As crianças foram acolhidas e entregues para o pai.