“Estamos passando por um período de estiagem muito severo. Para tirar a produção do roçado e levar até às margens do rio Tapajós, onde o barco consegue ancorar, são mais de 2 km. Mesmo assim, o rio está longe da orla, e o desembarque é outra dificuldade, pois temos que carregar até o carro para chegar na feira,” contou Genivaldo Pinto.Com a logística de transporte comprometida, muitos produtores enfrentam o dilema de desistir do cultivo, especialmente da melancia, que está em período de safra.“Tem muito produtor pensando em abandonar a plantação porque não há como escoar os produtos. Apesar disso, ainda não aumentamos os preços e esperamos continuar assim, mas a situação é complicada,” relata.A secretária da Associação dos Produtores Rurais de Santarém (Aprusan), Thaís Maia, reforça essa dificuldade. “A seca está muito grande, e muitos agricultores estão perdendo suas produções na roça porque não conseguem transportar os produtos até os mercados. Alguns usam tratores para levar os produtos por quase 2 km até onde os barcos conseguem chegar,” explica.Segundo Thaís, a imprevisibilidade das estiagens dificulta o planejamento dos agricultores. “A cada ano a seca é diferente, e muitos produtores não têm como prever a gravidade do período de estiagem. Isso leva muitos a abandonarem as plantações, o que impacta diretamente na oferta de alimentos nas feiras e no sustento das famílias que dependem desse trabalho,” conclui.A situação mostra a vulnerabilidade dos produtores rurais da região às variações climáticas, especialmente em áreas de várzea, onde o transporte depende quase exclusivamente dos rios. Além da melancia, outros cultivos também sofrem com as dificuldades, impactando economia rural e também a oferta de alimentos frescos para a população santarena.
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