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quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

Canaã, Parauapebas e Marabá em alta taxa de empregos no Brasil

 Municípios e seus entornos têm 64,7% da população com 14 anos ou mais de idade ocupada, bastante acima da média nacional, de 57,6%. A taxa de pobreza da região é de 27,4%, dentro da média nacional

Os três municípios com Taxa alta de Empregos no Brasil . 
Apesar dos inúmeros problemas sociais que ainda se abatem sobre o sudeste do Pará, como violência, escassez de saneamento básico e dificuldades de acesso a serviços de saúde, tem uma coisa que ninguém pode negar: a região é referência em “coisas a fazer para ganhar dinheiro”, seja com pessoas formalmente empregadas, seja com trabalho informal. E o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) acaba de “descobrir” isso por meio da “Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2024”, estudo recém-divulgado que compila dados de todas as edições trimestrais da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) realizada ao longo de 2023.De 146 regiões geográficas elencadas pelo IBGE para cobrir todo o Brasil, o sudeste paraense é a 22ª onde há mais oportunidade de trabalho e que, por isso, tem mais pessoas proporcionalmente ocupadas.Esse fenômeno, que põe o Pará fora da curva nas estatísticas de ocupação, fazendo-o rivalizar com áreas prósperas do Sul e do Sudeste do país, é desencadeado pelo desempenho dos municípios de Canaã dos Carajás, Marabá e Parauapebas, principais praças financeiras do interior do estado e que juntos formam o cinturão que mais gera empregos com carteira assinada na Região Norte, superando as metrópoles Belém e Manaus.
O estudo mostra que 64,7% dos moradores do sudeste do Pará com 14 anos ou mais de idade estão atualmente ocupados na força de trabalho, percentual acima, por exemplo, de Curitiba, que contabiliza 64,3%. A maior taxa de ocupação do Brasil foi registrada em Palmas, onde 70,3% da população em idade economicamente ativa está ativa na força de trabalho. Vale do Itajaí (SC), com 69,6%, e norte do Mato Grosso, com 68,3%, fecham o pódio.No extremo oposto, as regiões do agreste do Rio Grande do Norte (37,6%), litoral e baixada maranhense (38,9%), litoral sul e agreste de Alagoas (41%) e leste maranhense (41%) são aquelas onde o IBGE identificou as menores taxas de ocupação.
Abaixo da linha da pobreza
O sudeste do Pará também é uma das áreas na Região Norte onde menos pessoas vivem abaixo da linha da pobreza. A SIS revela que a taxa de pobreza em Canaã dos Carajás, Marabá, Parauapebas e seus entornos ficou em 27,4%, mesma média nacional, que, segundo o IBGE, apresentou redução histórica ao nível mais baixo desde 2012.
A taxa de pobreza no sudeste paraense fica atrás da registrada em Belém (21,2%) e em Palmas (13,9%), as duas mais baixas da Região Norte. No Brasil, a Região Sul ostenta as menores taxas de população abaixo da linha da pobreza, com 4,5% em Florianópolis, 9% no entorno de Florianópolis e 9,2% em Curitiba.
Já o Vale do Rio Purus (AC), com 66,6%; o litoral e a baixada maranhense, com 63,8%; o entorno metropolitano de Manaus, com 62,3%, mesma taxa do Vale do Rio Juruá e Rio Negro (AM), são as regiões brasileiras com maiores concentrações de pobreza.

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