Confira nomes de sete alvos da operação FICCO, no oeste do Pará

Grupo é suspeito de participação ativa no tráfico de drogas e na estrutura financeira de facção criminosa.

Ação conjunta entre a PF , PC  e outras instituições resultou na prisão de 35 pessoas em várias regiões do País . 

Uma megaoperação da Força-tarefa de Combate ao Crime Organizado (FICCO) mobilizou agentes de segurança em diversos estados para desarticular uma das principais redes de tráfico de drogas ligadas à organização criminosa Comando Vermelho. A ação, realizada nesta quarta-feira(4) em conjunto pela Polícia Federal, Polícia Civil e outras instituições, resultou na prisão de 35 pessoas em várias regiões do país, incluindo o oeste do Pará, onde foram identificados sete alvos específicos.

Tesoureira do Comando Vermelho, presa em Santarém, era investigada desde 2022

Entre os alvos no oeste paraense estão: Simone Sousa Lima, Alan Teixeira Modesto, Igor Pureza Monteiro Lobo, Maria Kelly do Patrocínio Moreira, Ana Paula dos Santos Silva, Samia da Silva Duarte e Alcilane de Souza Araujo.

Esses indivíduos são suspeitos de participação ativa no tráfico de drogas e na estrutura financeira da facção criminosa. Eles foram localizados e detidos em Santarém, Oriximiná e Faro, municípios estratégicos para a logística do grupo.

A operação ocorreu em 18 municípios distribuídos em cinco estados. Além dos alvos no Pará, houve prisões em estados como Mato Grosso e Santa Catarina. Em Belém, sete pessoas foram detidas, e outros mandados foram cumpridos em estabelecimentos prisionais, reforçando o vínculo entre lideranças já encarceradas e o tráfico ativo nas ruas.

“O objetivo foi enfraquecer as bases do Comando Vermelho, especialmente seus mecanismos financeiros e logísticos, que são fundamentais para a continuidade das atividades criminosas”, explicou o delegado Lucas Sales, da Polícia Federal.A investigação teve início em maio de 2024, após a prisão de um casal em Santa Bárbara/PA, flagrados com 1,5 kg de cocaína e crack prontos para comercialização. A análise do material apreendido revelou uma rede complexa de colaboradores, incluindo tesoureiros regionais responsáveis pela arrecadação e controle financeiro.

A partir dessas descobertas, a investigação se aprofundou no núcleo financeiro da organização, identificando 52 tesoureiros regionais. Destes, três já foram presos durante a operação; os outros dois permanecem foragidos.

Segundo o delegado Vitor Fontes, da Polícia Civil, o trabalho focou no desmonte do sistema financeiro da facção. “Conseguimos identificar e desarticular uma rede de tesoureiros que atuavam para garantir o fluxo de recursos do tráfico. Esses indivíduos tinham a missão de prestar contas a uma tesouraria central da organização”, detalhou.

A operação marca a primeira grande investida da FICCO no interior do Pará, evidenciando a expansão da atuação integrada das forças de segurança no combate ao crime organizado em regiões mais afastadas. Novas fases da investigação estão em andamento, com o objetivo de capturar os foragidos e desmantelar por completo as operações financeiras da facção.