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terça-feira, 9 de julho de 2024

Além de provas sobre joias, PF expõe entranhas de disputas e narrativas bolsonaristas


PF afirma que dólares obtidos com venda ilegal de joias desviadas da Presidência entraram em espécie para o patrimônio de Bolsonaro — Foto: Jornal Nacional/ Reprodução
Áudios, mensagens e diálogos evidenciam rivalidade interna e estratégia de desinformação: “Povo não tem tempo e nem vai entender isso”, disse Wassef ao orientar Bolsonaro a tratar caso como “fake news”.
Além de dezenas de provas de que o ex-presidente Jair Bolsonaro não só tinha ciência como acompanhou o processo de desvio, venda e recompra de joias destinadas ao acervo da Presidência da República, o relatório final da Polícia Federal sobre o caso expõe as entranhas de uma intensa disputa de espaço e protagonismo no bolsonarismo e também da estratégia de desinformação e ataque à imprensa como forma de desviar o foco das apurações.
Num dos áudios mais cristalinos sobre o modus operandi, o advogado Frederic Wassef chega a dizer a Bolsonaro que a defesa precisa ser genérica, tratar o caso como fake news, “sem adentrar em detalhes, em questões de leis e nem nada, porque o povo não tem tempo pra ler e nem vai entender isso”.

Americano desaparecido por 22 anos é encontrado mumificado em montanha do Peru

William Stampfl sumiu em 2002 ao ser atingido por uma avalanche. Derretimento de geleiras expôs corpo e ajudou autoridades a encontrarem alpinista.

Corpo do alpinista William Stampfl foi encontrado após 22 anos, em montanha peruana — Foto: Polícia Nacional do Peru/AFP
O corpo de um alpinista americano que desapareceu há 22 anos enquanto escalava a montanha mais alta do Peru foi encontrado mumificado, informou a polícia nesta segunda-feira (8). O corpo dele estava vestido e em bom estado de conservação.
William Stampfl foi declarado como desaparecido em junho de 2002, quando uma avalanche de neve o sepultou no monte Huascarán. A montanha tem 6.757 metros e fica na região de Áncash, a cerca de 400 km de Lima.
Segundo o relatório da polícia, os socorristas "encontraram o corpo a uma altitude de 5.200 metros, próximo ao acampamento base um do Huascarán", uma área caracterizada por fendas e considerada perigosa.
A descoberta foi possível devido ao derretimento de geleiras, consequência das mudanças climáticas. Stampfl estava vestido com roupas de escalada, arnês e botas.
Os socorristas o identificaram graças ao passaporte dos Estados Unidos encontrado entre as roupas do alpinista. Stampfl tinha 59 anos quando desapareceu.
As condições de frio extremo do Huascarán, que podem chegar a -19°C durante a noite, teriam permitido a conservação do corpo desde 2002.
Em junho, o corpo de um escalador italiano que sofreu um acidente ao tentar uma escalada na montanha de Cashan, que tem 5.716 metros de altura, também foi encontrado.