Epicentro do risco se encontra na Zona de Subducção de Cascadia, uma falha tectônica de 1.100 km
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(Foto : Reprodução / Universidade de Washington ) |
Um novo estudo publicado em junho na revista Proceedings of the National Academy of Sciences reacendeu o alerta sobre o iminente megaterremoto que ameaça a Costa Oeste dos Estados Unidos.
A pesquisa revela que o abalo sísmico, que pode superar 9.0 de magnitude, não só causaria destruição imediata como modificaria permanentemente a geografia do litoral do Pacífico.
O epicentro deste risco está na Zona de Subducção de Cascadia, uma falha tectônica de 1.100 km que se estende do norte da Califórnia até a Colúmbia Britânica, no Canadá.
Megaterremoto pode desencadear tsunami devastador na Costa Oeste dos Estados Unidos
De acordo com os cientistas, o megaterremoto ocorreria quando a placa tectônica Juan de Fuca se movesse sob a placa norte-americana, empurrando o solo para cima e gerando um tsunami de proporções catastróficas.

O tremor poderia durar até cinco minutos em regiões como Oregon, Washington e Califórnia, seguido por mudanças dramáticas no relevo em questão de minutos.
Falha de Cascadia é formada pela Placa Juan de Fuca (Foto: Divulgação / Earth Explorations Toolbook)
O estudo liderado por Tina Dura, geocientista do Virginia Tech, aponta que partes do litoral podem afundar mais de 2 metros, expandindo as planícies de inundação e tornando-as até três vezes maiores na Costa Oeste dos Estados Unidos.
“Áreas costeiras se transformariam rapidamente, com pântanos sendo invadidos pelo mar e florestas sendo destruídas pela água salgada”, explica Dura.
O terremoto de 1700 e as “florestas fantasmas”
As projeções são baseadas em registros geológicos do último megaterremoto na Costa Oeste dos Estados Unidos, ocorrido em 26 de janeiro de 1700.
Na época, o solo afundou abruptamente, criando “florestas fantasmas” — árvores mortas pela invasão do oceano — e alterando ecossistemas inteiros.
Os pesquisadores analisaram evidências como solos de pântanos cobertos por sedimentos marinhos para prever os impactos de um novo evento sísmico.
O risco é ainda maior devido ao aumento do nível do mar causado pelas mudanças climáticas, que potencializaria a devastação nas próximas décadas.
Autoridades se preparam para “Big One”
Autoridades dos EUA e do Canadá já trabalham em planos de emergência para o chamado “Big One”, como é conhecido o megaterremoto esperado.
Entre as medidas estão:Sistemas de alerta precoce para tsunamis;
Reforço de infraestrutura na Costa Oeste dos Estados Unidos;
Simulações de evacuação em cidades como Portland e Seattle.
“Estamos falando de um evento que pode reescrever mapas.
A preparação precisa ser contínua”, alerta Dura.
Fonte : Portal Tucumã
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